Portugal lidera a lista dos países da União Europeia (UE) com maior área florestal ardida por ano, mas o mais alarmante é que cerca de 85% dos incêndios têm origem criminosa — e, ainda assim, grande parte dos incendiários apanhados pelas autoridades não cumpre pena de prisão efectiva.
Segundo dados oficiais, menos de 20% dos condenados por fogo posto acabam na cadeia, o que tem motivado duras críticas políticas.
Para o líder do CHEGA, André Ventura, “Portugal não pode ser o país que mais arde e também o que mais perdoa os criminosos.”
“É urgente acabar com esta vergonha”, vincou Ventura.
O CHEGA propõe prisão obrigatória para todos os condenados por incêndio florestal e penas mais duras para reincidentes, como a prisão perpétua. Além disso, o partido defende também que incendiários sejam equiparados a terroristas.
“É muito simples, é tratar os incendiários como terroristas, e a partir daí podemos dar-lhes o tratamento penal que damos aos terroristas. Ora, se ninguém quer que terroristas andem à solta, eu também não percebo porque é que deixamos os incendiários andar à solta”, recordou o líder da oposição.