A insustentabilidade é notória e visível, fruto de um número crescente de beneficiários de prestações sociais não contributivas que, embora essenciais em alguns casos, originaram uma cultura de dependência que perpetua ciclos de pobreza e desresponsabilização individual. Quando o apoio acessório do Estado substitui o esforço pelo trabalho, algo está estruturalmente errado.
O crescente desequilíbrio subsidiário entre imigrantes e cidadãos nacionais há muito que deixou de ser uma sensação, é mesmo uma indecorosa evidência. Muitos dos imigrantes são autênticos sorvedouros de apoios sociais, enquanto os portugueses enfrentam entraves burocráticos e exigências rigorosas para obter o mesmo tipo de auxílios. Esta desigualdade gera um sentimento de injustiça e revolta em toda a população, que vê o sistema como mais célere e generoso para quem chega do que para quem cá nasceu, trabalha e contribui.
Envelhecer torna-se inegavelmente uma condenação, num paradoxo em que quem contribuiu durante décadas vive com o mínimo, enquanto outros beneficiam do sistema sem nunca terem contribuído ou sem contribuições significativas.
Concomitantemente, o envelhecimento da população e a baixa taxa de natalidade agravam o desequilíbrio, onde cada vez há menos trabalhadores ativos, os quais suportam mais beneficiários de um sistema completamente bafiento. O sistema atual está a implodir sob o seu próprio peso.
É premente bonificar quem trabalha e contribui, investindo numa política de natalidade e emprego sustentável. Continuando a alimentar este sistema, a breve trecho, deixaremos de poder proteger quem mais precisa, ou seja, os portugueses.