Setúbal, outrora um dos principais polos industriais de Portugal, testemunhou uma trajetória marcada por momentos de grande desenvolvimento económico seguidos de um declínio acentuado, especialmente nas últimas décadas.
Setúbal antes do 25 de Abril: uma potência industrial
Antes da Revolução dos Cravos, Setúbal era reconhecida pela sua vibrante atividade industrial, destacando-se em vários setores:
Indústria conserveira: Com raízes que remontam à época romana, a indústria de conservas de peixe floresceu em Setúbal, especialmente entre os séculos XIX e XX. A cidade chegou a albergar cerca de 400 fábricas, empregando dezenas de milhares de operários, dos quais 95% eram mulheres.
Construção e reparação naval: Os estaleiros da Lisnave, estabelecidos em Almada, e posteriormente a Setenave em Setúbal, foram pilares da indústria naval portuguesa, beneficiando da localização estratégica da cidade.
Indústria automóvel: Na década de 1970, empresas como o Entreposto Industrial, a IMA e a Movauto estabeleceram-se em Setúbal, consolidando a presença do setor automóvel na região.
Outras indústrias: Setúbal também acolheu a Siderurgia Nacional no Seixal e empresas como a Plessey AEP (eletrónica), Socel e Inapa (celulose e papel), diversificando ainda mais o seu tecido industrial.
Pós 25 de Abril: declínio industrial e desafios socioeconómicos
Após a Revolução de 1974, Setúbal enfrentou uma série de desafios negativos à sua economia:
Desindustrialização: A década de 1980 marcou o início de um processo de desagregação do modelo industrial na região, com o encerramento de várias unidades fabris e a perda de milhares de empregos.
Crise na indústria conserveira: A falta de modernização tecnológica e a dependência de mão de obra intensiva levaram ao colapso da indústria conserveira nos anos 1990.
Desemprego e pobreza: O aumento do desemprego resultante do declínio industrial contribuiu para o agravamento das condições socioeconómicas na região, com muitos habitantes enfrentando dificuldades financeiras.
Setúbal hoje: desafios persistentes e necessidade de revitalização
Atualmente, Setúbal continua a enfrentar desafios significativos:
Desemprego: Apesar de alguns esforços de revitalização, a taxa de desemprego na região permanece elevada, refletindo a necessidade de políticas eficazes de criação de emprego.
Pobreza: A falta de oportunidades económicas contribui para níveis preocupantes de pobreza, afetando a qualidade de vida de muitos residentes.
Infraestruturas industriais obsoletas: Muitas das antigas instalações industriais permanecem abandonadas ou subutilizadas, representando tanto um desafio quanto uma oportunidade para a requalificação urbana e económica.
Caminhos para o futuro: revitalização e desenvolvimento sustentável
Para inverter a trajetória de declínio e promover um desenvolvimento sustentável em Setúbal, é essencial:
Investir na requalificação industrial: Modernizar as infraestruturas existentes e atrair novas indústrias, especialmente nos setores tecnológicos e ambiental.
Promover a formação profissional: Capacitar a população local com competências adaptadas às exigências do mercado de trabalho atual.
Apostar no turismo sustentável: Valorizar o património histórico e natural de Setúbal, promovendo o turismo como fonte de receita e emprego.
Fomentar parcerias público-privadas: Colaborar com o setor privado para impulsionar projetos de desenvolvimento económico e social.
Com uma abordagem estratégica e colaborativa, Setúbal pode aspirar a um futuro mais próspero e inclusivo, honrando o seu legado industrial enquanto se adapta às exigências do século XXI.
Perante este cenário, o Partido CHEGA compromete-se a liderar a reestruturação económica de Setúbal, promovendo a revitalização industrial, a criação de emprego e o combate à pobreza, através de políticas eficazes e do incentivo ao investimento privado.
O Partido CHEGA visa devolver a Setúbal a prosperidade e dignidade que outrora conheceu.
