Presidente da República promulgou proibição de uso de telemóveis nas escolas até ao 6.º ano

O Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que proíbe o uso de telemóveis até ao sexto ano de escolaridade, considerando que poderá proporcionar uma experiência “de potencial interesse pedagógico”.

© D.R.

Numa nota divulgada na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa salienta que este diploma mereceu o parecer favorável do Conselho das Escolas e considera que poderá “proporcionar uma experiência, passível de avaliação ulterior, de potencial interesse pedagógico”.

O Presidente da República ressalva, contudo, que a aplicação deste regime nas regiões autónomas deve “tomar em consideração a autonomia legislativa constitucionalmente consagrada”.

Marcelo Rebelo de Sousa refere ainda que a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) e o Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiram reservas sobre o seu conteúdo.

Este diploma tinha sido aprovado em Conselho de Ministros em 03 de julho e visa regular “a utilização, no espaço escolar, de equipamentos ou aparelhos eletrónicos com acesso à internet, como smartphones, proibindo o seu uso pelos alunos do 1.º e do 2.º ciclos do Ensino Básico, a partir do próximo ano letivo”.

Segundo o comunicado do Governo divulgado na altura, “a adoção de medidas de proibição ou de restrição tem em conta os resultados do estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas sobre as recomendações emitidas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, em setembro de 2024, relativas à utilização de smartphones nos recintos escolares”.

Nas conclusões desse estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas, referia-se que mais de metade das escolas que proibiram o uso de ‘smartphones’ relataram uma diminuição do ‘bullying’ e da indisciplina do 2.º ciclo ao secundário, e na esmagadora maioria os alunos passaram a socializar mais durante os intervalos, a realizar atividade física e a usar os espaços de jogos no recreio.

No ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação recomendou a proibição de ‘smartphones’ do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, ou seja, até aos 12 anos e o uso limitado no 3.º ciclo.

Segundo o estudo, apenas 21,3% das escolas do 1.º ciclo não adotaram a recomendação e 59,1% das escolas de 2.º ciclo também não o fizeram.

No 3.º ciclo, 24,9% proibiram o uso desses equipamentos, medida adotada por apenas 7,6% das escolas secundárias.

Os maiores impactos na redução do bullying e indisciplina foram relatados pelas escolas que optaram pela proibição, sobretudo no 2.º ciclo (59% e 53,6%, respetivamente), no 3.º ciclo (57,8% e 57,4%) e no secundário (55,6% e 59,5%).

Últimas do País

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) disse hoje que os enfermeiros das maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto da Unidade local de Saúde (ULS) de Coimbra estão exaustos física e psicologicamente devido à sobrecarga de trabalho.
Um bombeiro morreu e 148 ficaram feridos este ano em serviço, de acordo com o balanço divulgado hoje pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB).
O Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que proíbe o uso de telemóveis até ao sexto ano de escolaridade, considerando que poderá proporcionar uma experiência “de potencial interesse pedagógico”.
O Governo decidiu hoje, em Conselho de Ministros, renovar a situação de alerta no país até ao próximo dia 13 de agosto devido ao risco de incêndio florestal, avançou a ministra da Administração Interna.
Portugal vive há uma década um ciclo infernal de incêndios florestais. Mais de meio milhão de hectares arderam entre 2015 e 2025. População desespera, culpados são poucos e condenações continuam por esclarecer.
A adesão dos médicos à greve de hoje dos profissionais de saúde no Algarve ronda os 60%, com várias Unidades de Saúde Familiar (USF) encerradas em Faro e em Loulé, disse André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul.
A greve nos serviços de saúde do Algarve está hoje a afetar os serviços de urgência, consultas externas e o funcionamento do bloco operatório do hospital de Faro, disseram fontes dos sindicatos que convocaram a paralisação.
Medicamentos injetáveis e sensores para diabetes só poderão ser prescritos, a partir de sexta-feira, por algumas especialidades médicas, uma medida que os especialistas saúdam, mas consideram tardia e temem não resolver as dificuldades de acesso ao tratamento.
Mais de 250 operacionais combatem um incêndio que deflagrou pelas 15:20 em Várzea dos Cavaleiros, no concelho da Sertã, em zona de pinhal, numa altura em que as condições meteorológicas são desfavoráveis no ataque às chamas.
O Tribunal de Coimbra decretou hoje a prisão preventiva para a mulher detida na terça-feira naquela cidade pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita do homicídio de cinco filhos no Brasil.