“Profundamente desapontada”, ViniPortugal pede que se reverta taxa de 15%

"A ViniPortugal está profundamente desapontada com o resultado das negociações, dado que esta medida irá afetar severamente as exportações para os EUA, um mercado essencial para os vinhos portugueses", vincou a associação do setor vitivinícola nacional, em comunicado.

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A ViniPortugal apelou hoje para que a Comissão Europeia prossiga os esforço diplomáticos e negociais com os Estados Unidos (EUA) para reverter a aplicação de uma taxa alfandegária de 15% nos vinhos, num mercado crucial para as exportações nacionais.

“A ViniPortugal está profundamente desapontada com o resultado das negociações, dado que esta medida irá afetar severamente as exportações para os EUA, um mercado essencial para os vinhos portugueses”, vincou a associação do setor vitivinícola nacional, em comunicado.

A entidade considerou, assim, “fundamental que a Comissão Europeia prossiga os esforços diplomáticos e negociais com vista a reverter estas tarifas e a salvaguardar os interesses dos produtores europeus”.

Na quinta-feira, o comissário europeu para o Comércio e Segurança Económica, Maros Sefcovic, anunciou que o bloco não conseguiu chegar a acordo com os EUA para a isenção alfandegária para os produtos vinícolas, reivindicada especialmente por Itália e França.

Como a generalidade dos produtos da União Europeia, o vinho vai sofrer um agravamento alfandegária de 15% para entrar no mercado dos EUA.

“O impacto será particularmente grave para os vinhos de gama baixa, que representam a maioria das exportações portuguesas para os EUA”, apontou a ViniPortugal, explicando que “estes consumidores são mais sensíveis a variações de preço, pelo que se estima que a quebra no mercado possa ultrapassar os 20%, com consequências significativas para todo o setor”.

Segundo dados divulgados pela associação, nos primeiros seis meses deste ano, registou-se uma quebra de 6,90% em valor e uma descida de 2,28% em volume nas exportações para os EUA, face ao mesmo período do ano passado, valores que poderão ser agravados pela aplicação da nova tarifa.

“Esta situação é ainda mais preocupante quando consideramos que países como Chile, Argentina ou Austrália enfrentam apenas tarifas de 10% e, por isso, conseguem chegar ao mercado com preços mais competitivos”, salientou a ViniPortugal.

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