Ventura acusa Montenegro de “má gestão” e atira: “Saia do gabinete”

O presidente do Chega aconselhou ontem o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a sair do gabinete e a ir ao terreno, acusando-o de fazer uma "má gestão" dos incêndios.

Partido CHEGA

“O primeiro-ministro tem feito uma péssima gestão desta situação”, disse André Ventura, em Leiria, considerando que Luís Montenegro deveria ter estado presente em todos os distritos onde se verificaram os maiores incêndios.

Confrontado com o conselho de os políticos não irem aos teatros de operações, André Ventura disse que, quando conversou com autarcas, não atrapalhou “diretamente o teatro de operações”.

“As pessoas têm de sentir que há liderança. As pessoas têm de sentir que há alguém que se preocupa com elas e que quer saber o que é que está a falhar. Um líder tem de estar no terreno para perceber as coisas. Ninguém é líder fechado no seu gabinete”, sublinhou o presidente do Chega.

Dirigindo-se a Luís Montenegro, o líder do Chega aconselhou: “saia do gabinete em Lisboa e venha aos distritos que estão afetados pelos fogos falar com as pessoas”.

“Há o risco? Há. Há pessoas que nos respondem mal? Há. Há pessoas que reagem mal? Há. Mas ser político é isso. Venha saber o que é que está a correr mal para poder agir e dar um sinal ao país de coragem, de confiança e de firmeza”, reforçou.

Sobre as medidas anunciadas pelo Governo para fazer face aos prejuízos causados pelos incêndios, André Ventura classificou-as de “um pouco insignificantes”.

“O primeiro-ministro optou por fazer uma série de remendos de uma crise que geriu mal. Decidiu fazer como fez com a pós-pandemia, como fez com os hospitais em crise, como fez com as forças policiais: fazer comunicações burocráticas e cinzentas ao país, que não tinham conteúdo nenhum”, criticou.

Para André Ventura, as medidas anunciadas não vão resolver a vida das pessoas e são “remendos colocados em cima de feridas, não para as tratar, mas para fingir que se fez alguma coisa”.

“Se o primeiro-ministro quiser poder ainda fazer alguma coisa depois do desastre que foi gerir esta crise, eu diria que apoiar a comissão do inquérito era um bom presságio”, desafiou.

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