A informação foi avançada à agência Lusa por Alexandre Guerreiro, advogado da vítima, após ser notificado da decisão instrutória proferida pelo TIC de Sintra, que pronunciou (decidiu levar a julgamento) o arguido.
Em novembro de 2024, O MP acusou José Castelo Branco de um crime de violência doméstica por “agredir física e verbalmente” a mulher, Betty Grafstein, desde o início do casamento, celebrado em 1996.
O arguido requereu a abertura de instrução, fase facultativa que visa decidir por um Juiz de Instrução Criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, tendo o TIC de Sintra decidido levar o arguido a julgamento nos mesmos termos da acusação do MP.
O ‘socialite’ faltou ao debate instrutório, em 05 de setembro, por ainda estar em Nova Iorque (EUA).
O MP sustenta que “o arguido forçava a vítima a vestir roupa que escolhia, a ser maquilhada por si e a calçar sapatos que lhe provocavam dores”.
Arguido e vítima eram casados desde novembro de 1996 e o arguido está indiciado por, “desde o início do casamento”, agredir “física e verbalmente a vítima”, sublinha a acusação.
O MP acrescenta que “os factos se prolongaram no tempo até maio de 2024, data em que a vítima foi internada num hospital, na sequência de um empurrão alegadamente desferido pelo arguido”.
“Com as condutas descritas, o arguido, de 61 anos, atuou com o propósito concretizado de maltratar a vítima, de 95 anos, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e estando ciente da idade desta”, refere o MP.
José Castelo Branco vai ser julgado por um crime de violência doméstica.
De acordo com várias notícias, a denúncia deste crime público foi enviada ao MP por profissionais médicos do Hospital CUF de Cascais, onde Betty Grafstein, esteve internada com uma fratura no fémur e ferimentos no braço esquerdo, tendo sido a própria a contar os incidentes aos profissionais de saúde, alegando que o marido a teria empurrado.
José Castelo Branco negou sempre qualquer agressão, dizendo que as denúncias de violência doméstica contra a mulher, com quem está casado há quase 30 anos, “são ridículas”.