Polícias manifestam-se hoje em Lisboa num protesto que conta com associação dos oficiais da GNR

Polícias manifestam-se esta quinta-feira em Lisboa para denunciar o “desinteresse do Governo” na resolução dos problemas, um protesto organizado pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia e que conta com a participação de outros sindicatos e da associação dos oficiais da GNR.

©D.R.

A manifestação, intitulada de protesto nacional de polícias, começa por volta das 16h00 na direção nacional da PSP e termina no Ministério da Administração Interna (MAI), onde os dirigentes sindicais vão entregar um caderno reivindicativo.

O protesto é organizado pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), o segundo maior sindicato da PSP, mas vai contar com outras estruturas sindicais da polícia, designadamente o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP), a Associação Sindical Autónoma de Polícia (ASAPOL) e o Sindicato de Polícia Pela Ordem e Liberdade (SPPOL), estes dois últimos sem direito a negociação com o Governo por falta de representatividade, e a Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG), que pela primeira vez participa numa manifestação.

Em causa está a não inclusão no Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) da resolução dos problemas que afetam os polícias, disse à Lusa o presidente do SPP, Paulo Macedo.

Entre os problemas mais graves está, segundo o sindicato, a idade de entrada na aposentação, que não está a ser cumprida, falta de candidatos para cursos de formação de agentes e os baixos salários.

Paulo Macedo defendeu um aumento do ordenado base e dos suplementos, que já não são aumentados há 15 anos, considerando que estas questões deviam estar incluídas no OE2026.

Estes dois pontos fazem parte das negociações com o MAI, mas o presidente do SPP disse que não tem havido negociações com a tutela, acusando a ministra de querer arrastar a resolução destes problemas ao não os incluir no Orçamento do Estado.

O acordo que aumentou o suplemento de risco foi assinado em julho de 2024 e desde aí, acusam as estruturas sindicais, não tem existido qualquer negociação com a tutela.

Numa ação inédita, tendo em conta que a associação que representa os oficiais da Guarda Nacional Republicana nunca participou num protesto e manteve sempre uma posição de reserva, a ANOG vai participar pela primeira num protesto.

O presidente da ANOG, Tiago Gonçalves Silva, disse à Lusa que os oficiais da Guarda vão estar presentes uma vez que os problemas na GNR “são idênticos” aos da PSP.

“Não podemos fechar os olhos a problemas que precisam de ser resolvidos e como vai ser discutido o Orçamento do Estado justifica-se a nossa presença”, afirmou, sublinhando que a ANOG quer estar mais ativa na defesa dos direitos dos militares da GNR.

Tiago Gonçalves Silva indicou ainda que o “descontentamento vai desde as altas patentes até ao guarda”.

Últimas do País

A maioria dos investigadores do Departamento de Genética Humana do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge tem mais de 50 anos, colocando em risco a continuidade da investigação sobre doenças genéticas e cancros hereditários, alertou a responsável do departamento.
Com 94 homicídios desde janeiro — mais do que os 89 de 2024 —, Portugal enfrenta uma escalada de crimes violentos. Dois estrangeiros foram mortos na Grande Lisboa na última quarta-feira, e a PJ já deteve um dos suspeitos.
A GNR deteve, no concelho de Vila Viçosa, um homem, de 51 anos, que estava foragido à justiça desde 2020, após ter sido condenado por violência doméstica e abuso sexual de menor, em Braga, foi hoje revelado.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve o suspeito do homicídio do turista americano em Cascais e de tentativa de homicídio de outro, com recurso a uma faca, na sequência de uma altercação na rua, adiantou esta polícia.
A Polícia Judiciária (PJ) da Guarda deteve uma mulher suspeita de dezenas de burlas através de investimentos em carteiras de cripto ativos, num valor de cerca de 1,8 milhões de euros.
A esmagadora maioria dos 133 professores alocados a Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) no ano passado e que regressaram agora às escolas já foi substituída, mas ainda faltam representantes da Educação e 10 das 313 comissões.
Polícias manifestam-se esta quinta-feira em Lisboa para denunciar o “desinteresse do Governo” na resolução dos problemas, um protesto organizado pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia e que conta com a participação de outros sindicatos e da associação dos oficiais da GNR.
Um total de 153 pessoas foram detidas na Operação Neptuno VII, coordenada pela Interpol e realizada em postos de controlo fronteiriços de 20 países, entre os quais Portugal, entre julho e setembro, anunciaram as autoridades.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a Lei dos Estrangeiros, indica uma informação divulgada hoje no 'site' da presidência.
A maioria dos deputados das Comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais e Negócios Estrangeiros aprovaram esta quarta-feira a proposta de realização de um teste de voto eletrónico para os emigrantes portugueses.