Crédito à habitação acelera em setembro pelo 21º mês consecutivo para 108,1 mil milhões

O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em setembro pelo 21º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 8,9%, totalizando 108,1 mil milhões de euros, disse hoje o Banco de Portugal (BdP).

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“O ‘stock’ de empréstimos para habitação aumentou 986 milhões de euros relativamente a agosto, totalizando 108,1 mil milhões de euros no final de setembro. Em comparação com o mês homólogo, cresceu 8,9% (8,4% em agosto), mantendo-se a trajetória de aceleração observada desde janeiro de 2024”, destacou a instituição, numa nota de informação sobre empréstimos e depósitos bancários.

Já o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 229 milhões de euros em relação a agosto, para 33,2 mil milhões de euros, sendo a taxa de variação anual de 7,6% (7,7% em agosto), graças e um crescimento de 6,7% nos empréstimos para consumo e de 9,2% nos empréstimos para outros fins, de acordo com o BdP.

De acordo com os dados da instituição, no final de setembro, o montante total de crédito pessoal era de 13,2 mil milhões de euros, um acréscimo de 77 milhões de euros em relação ao final de agosto, sendo que, em comparação com o mês homólogo, o crescimento foi de 7,1%.

Paralelamente, o crédito automóvel ascendia a 8,9 mil milhões de euros, mais 68 milhões de euros do que em agosto, tendo registado uma taxa de variação anual de 9,7%, igual à do mês anterior.

Já os cartões de crédito “somavam 3,3 mil milhões de euros, mais 18 milhões de euros do que no mês anterior, apresentando uma taxa de variação anual de 7,0% (7,7% em agosto)”, indicou.

Globalmente, em setembro de 2025, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 8,6% face ao mesmo mês do ano anterior.

No que diz respeito ao ‘stock’ de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas no final de setembro de 2025, totalizava 74,2 mil milhões de euros, mais 279 milhões do que no fim de agosto, sendo que, em relação a setembro de 2024, o crescimento foi de 4,2% (4,0% em agosto).

Segundo o BdP, as microempresas, as pequenas empresas e as grandes empresas “mantiveram taxas de variação anual positivas (12,6%, 3,8% e 0,9%, respetivamente)”, tendo os empréstimos às médias empresas registado uma taxa de variação anual negativa (-1,1%), uma situação que se observa desde julho de 2022, salientou.

A instituição destacou o crédito ao setor da construção e atividades imobiliárias, que acelerou pelo quinto mês consecutivo, com a taxa de variação anual a situar-se em 8,4% (8,2% em agosto).

Já no comércio, transportes e alojamento, “a taxa de variação anual foi de 2,8%”, de acordo com os mesmos dados.

No que diz respeito aos depósitos, no final de setembro, “o ‘stock’ de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 197,1 mil milhões de euros, mais 193 milhões de euros do que em agosto”, tendo esta variação resultado “da diminuição, de 60 milhões de euros, das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem) e do aumento, de 253 milhões de euros, dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)”.

Face a setembro de 2024, “o ‘stock’ de depósitos de particulares cresceu 4,8%, o mesmo que em agosto”, tendo sido interrompida a tendência de desaceleração registada desde novembro de 2024.

Por fim, o ‘stock’ de “depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de setembro, 72,5 mil milhões de euros, menos 721 milhões de euros do que no final de agosto de 2025”, mas, apesar desta evolução, “a taxa de crescimento anual foi de 10,9%, acima da registada em agosto (9,7%)”, rematou o BdP.

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