Ventura arrasa PS e PSD no debate do OE2026: “Transformaram Portugal numa favela e num país de subsídios”

O Presidente do CHEGA, André Ventura, lançou críticas ao Governo durante o debate do Orçamento do Estado para 2026, acusando PS e PSD de “irem ao bolso dos portugueses” e de manterem “os privilégios dos políticos”. O líder da oposição falou em “favela nacional”, denunciou o aumento dos impostos e prometeu “limpar o país”.

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O Presidente do CHEGA, André Ventura, criticou o Governo durante o debate do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), acusando o Executivo de manter “a velha lógica de tirar a uns para dar a outros” e de continuar a “ir ao bolso dos portugueses”.

Ventura começou por afirmar que o CHEGA “assume a posição que lhe foi dada nas urnas” e que o partido é “o verdadeiro líder da oposição em Portugal”. O deputado sublinhou o orgulho em “tudo o que começa por ‘nacional’ e ‘português’” e acusou o Partido Socialista de ter “estrangulado o país e entregue o poder aos privilegiados”, classificando como “corrupção nacional do PS”.

O líder do CHEGA considerou que o novo Orçamento “repete os erros do passado” e “sustenta uma classe de privilegiados — políticos e pessoas que não querem trabalhar e vivem de subsídios”. Ventura acusou o Governo de “fingir que ia descer impostos”, mas de continuar a “ir buscar mais dinheiro aos combustíveis”, estimando que o Estado venha a arrecadar “mais 500 milhões de euros” no próximo ano.

“O PSD é igual ao PS: tira a quem trabalha para dar a quem não quer fazer nada”, afirmou, acrescentando que “as taxas ambientais e os impostos sobre as empresas também irão aumentar”.

Na área da saúde, Ventura denunciou “um desastre absoluto”, criticando as “listas de espera intermináveis” e o “baixo investimento”, ao mesmo tempo que apontou para “os 60 bebés que nasceram fora das maternidades”. “O culpado é o Governo e o desinvestimento na saúde”, afirmou.

O Presidente do segundo maior partido condenou ainda “as subvenções vitalícias dos políticos”, contrapondo-as às “pensões miseráveis dos ex-combatentes” e aos “baixos salários” de polícias e bombeiros. “Se há algo que o Governo devia ter feito, era reduzir os privilégios dos políticos e dar mais dignidade a quem sustenta este país com o seu trabalho”, defendeu.

Ventura dedicou também parte do discurso à habitação, acusando o Governo de favorecer “imigrantes, requerentes de asilo e comunidades específicas”, enquanto “os portugueses que trabalharam toda a vida não têm meios para pagar a sua casa”. “A classe média não consegue comprar casa, mas os mesmos de sempre têm apoio para tudo”, lamentou.

O líder da oposição atacou igualmente as políticas de imigração, sustentando que Portugal deveria “impedir que os jovens tivessem de emigrar” em vez de “importar gente do Bangladesh e do Paquistão”. “Quem vem de Marrocos recebe subsídios e depois desaparece”, afirmou, considerando que “o país está a transformar-se numa favela do Rio de Janeiro ou de São Paulo”.

Ventura concluiu o seu discurso com críticas à insegurança e à perda de identidade nacional. “Um em cada três portugueses tem medo de sair à rua. PS e PSD transformaram Portugal numa favela, e nós vamos acabar com isso e limpar o país”, declarou, prometendo que o CHEGA continuará a “lutar por Portugal” e a “defender os portugueses dignos”.

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