BCE mantém taxas de juro diretoras na zona euro

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai manter as taxas de juro diretoras, incluindo a taxa de depósitos em 2,00%, considerada neutra para a zona euro, por não estimular ou travar o crescimento económico.

©ecb.europa.eu

Numa nota divulgada no seu portal, o BCE refere que as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez manter-se-ão, assim, em 2,00%, 2,15% e 2,40%.

Na reunião de política monetária em Florença, que terminou hoje, o BCE decidiu manter, pela terceira vez consecutiva, estas taxas diretoras.

“O Conselho do BCE decidiu hoje manter as três taxas diretoras. A inflação continua próxima do objetivo de 2% a médio prazo e a avaliação do Conselho do BCE continua, de forma geral, inalterada”, refere um comunicado emitido hoje pelo decisor da política monetária europeia,

O BCE assinala que a economia continuou a crescer “apesar do mercado global desafiante”, tendo destacado a robustez do mercado laboral, os balanços sólidos do setor privado e os anteriores cortes das taxas diretoras.

Ainda assim, o BCE apontou que o futuro ainda é incerto, “em particular devido às disputas comerciais e tensões geopolíticas em curso”.

O BCE reforçou que o seu objetivo é estabilizar a inflação nos 2% a médio prazo e que as próximas decisões da política monetária serão tomadas com base em dados e reunião a reunião.

“As decisões do Conselho do BCE em matéria de taxas de juro basear-se-ão na sua avaliação das perspetivas para a inflação e nos riscos que a rodeiam, à luz dos dados económicos e financeiros” que forem sendo divulgados, incluindo a inflação subjacente, refere.

“O Conselho do BCE não se compromete antecipadamente com uma trajetória específica para as taxas de juro”, acrescenta o organismo, no documento.

A próxima reunião do Conselho do BCE dedicada à política monetária está marcada para os dias 17 e 18 de dezembro, em Frankfurt.

Últimas de Economia

O elevado custo da energia e a concorrência desleal foram os dois principais alertas feitos hoje por líderes empresariais portugueses numa reunião com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE), Stéphane Séjourné, em Lisboa.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai manter as taxas de juro diretoras, incluindo a taxa de depósitos em 2,00%, considerada neutra para a zona euro, por não estimular ou travar o crescimento económico.
O financiamento do Banco Português de Fomento (BPF) às empresas foi de 5.150 milhões de euros até setembro, dez vezes mais do que em todo o ano de 2024 (539 milhões de euros), divulgou hoje o banco público em conferência de imprensa.
As vendas no comércio a retalho cresceram 3,0% no terceiro trimestre deste ano, em termos homólogos, abrandando face aos 3,2% do segundo trimestre, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Banco Central Europeu (BCE) avançou esta quinta-feira, 30, que está a preparar a primeira emissão do euro digital em 2029, assim que a legislação necessária para o efeito for adotada.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3% na zona euro e 1,5% na União Europeia no terceiro trimestre de 2025 face ao período homólogo de 2024, registando Portugal a quarta maior subida entre as percentagens disponíveis.
O indicador de confiança dos consumidores voltou a aumentar em outubro, enquanto o indicador de clima económico diminuiu, interrompendo as subidas dos últimos três meses, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A economia portuguesa cresceu 2,4% em termos homólogos no terceiro trimestre, traduzindo uma aceleração face à taxa de 1,8% registada entre abril e junho, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta quinta-feira. Na comparação trimestral, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,8%.
Os preços do gás doméstico na União Europeia (UE) tiveram, na primeira metade de 2025, uma descida de 8,1% face ao semestre anterior para 11,43 euros por 100 kWh e Portugal registou dos valores mais elevados.
Os jovens até aos 35 anos já utilizaram cerca de 40,3% do montante total atribuído para a garantia pública na compra de casa, que representou 25,3% do total de crédito à habitação contratado até setembro.