As províncias costeiras do centro do Vietname têm sido atingidas por fortes chuvas desde domingo, com precipitação recorde a atingir 1,7 metros em 24 horas.
Pelo menos dez pessoas morreram e outras oito estão desaparecidas, informou o Ministério do Ambiente, num balanço divulgado esta quinta-feira.
Mais de 128 mil casas em cinco províncias centrais também foram inundadas, com o nível da água a atingir os três metros em algumas áreas, disse o ministério.
Os habitantes caminhavam por ruas inundadas até à cintura na antiga cidade de Hoi An, importante centro turístico que integra a lista do Património Mundial da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), enquanto os pisos térreos das lojas estavam submersos, observou um jornalista da agência de notícias France-Presse.
Vários quilómetros de estradas foram danificados ou bloqueados por inundações e deslizamentos de terra esta semana, com mais de cinco mil hectares de culturas destruídas e mais de 16 mil cabeças de gado mortas, acrescentou o Ministério do Ambiente.
O rio na cidade de Da Nang, a cerca de 20 quilómetros a norte de Hoi An, transbordou, atingindo um nível alarmante e ultrapassando um recorde de 60 anos.
São esperadas mais inundações na província nos próximos dois dias, alertou o ministério na quarta-feira.
No início de outubro, partes do norte do Vietname já tinham sido inundadas devido à passagem dos tufões Bualoi e Matmo.
Os desastres naturais, principalmente tempestades, inundações e deslizamentos de terra, já provocaram este ano a morte ou o desaparecimento de 187 pessoas no país do Sudeste Asiático.
As perdas económicas totais foram estimadas em quase 525 milhões de euros.
O aquecimento global está a tornar as tempestades tropicais mais fortes e chuvosas, de acordo com especialistas, devido à subida da temperatura nos oceanos, causando ventos mais intensos, chuvas mais fortes e mudanças nos padrões de precipitação em toda a Ásia Oriental.
O Vietname está entre os países que mais inundações regista em todo o mundo, com quase metade da população a viver em áreas de risco.