Albuquerque debaixo de fogo… outra vez: contratos suspeitos e reuniões sob investigação

O PSD enfrenta uma nova tempestade política: Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira e dirigente do PSD-Madeira, está sob investigação por alegado financiamento ilegal do partido.

© Facebook | MiguelAlbuquerquePolitico

Surge mais um capítulo de fragilização da credibilidade partidária do Partido Social Democrata (PSD), à medida que o processo de investigação em torno de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira e dirigente do PSD-Madeira, reacende memórias de escândalos como o ‘Caso Marquês’, o ‘Caso Freeport’ e o chamado ‘VacinasGate’. Segundo o canal NOW, a investigação do Ministério Público (MP) centra-se no processo designado ‘Operação AB INITIO’, que apura um alegado esquema de financiamento ilegal ao PSD/Madeira, com reuniões suspeitas, contratos públicos alegadamente fictícios e empresários e autarcas sob inquérito.

“O PSD não pode continuar a fingir que bastam umas explicações para nunca assumir responsabilidade. Quem manipula contratos públicos, quem financia partidos à margem da lei, está a trair os portugueses.”

O MP sustenta que, em pelo menos três ocasiões, reuniões realizadas na residência oficial de Miguel Albuquerque, a ‘Quinta Vigia’, terão sido palco de discussão de mecanismos de angariação de fundos para campanhas eleitorais do PSD na Madeira. De acordo com a Executive Digest, alguns arguidos já foram constituídos e mantêm medidas de coação, embora as investigações prossigam e o dirigente regional ainda detenha imunidades que dificultam a sua audição formal enquanto arguido.

Perante este cenário, André Ventura, o Presidente do CHEGA, não poupou críticas: “O PSD não pode continuar a fingir que bastam umas explicações para nunca assumir responsabilidade. Quem manipula contratos públicos, quem financia partidos à margem da lei, está a trair os portugueses”, afirmou, reforçando que “o CHEGA exige tolerância zero para esquemas de bastidores e para a corrupção partidária.”

Para o CHEGA, este caso confirma aquilo que o partido tem denunciado: a existência de “um sistema de privilegiados”, onde o acesso ao poder permite “operar fora das regras comuns de cidadania e de financiamento”. “Não estamos a falar de casos isolados. Estamos a falar de um padrão que mina a confiança no sistema político”, acrescentou o líder da oposição.

O escândalo surge num momento delicado para o PSD: a nova investigação reabre feridas antigas de financiamento partidário e corrupção, recorde-se, que marcaram o sistema político português, como os casos Marquês, Freeport ou VacinasGate.

“Se o PSD quer governar com credibilidade, que comece por limpar os próprios arquivos. Depois venha falar de reformas ou de alternativas”, sublinhou Ventura. Para o líder do CHEGA, “a verdadeira mudança política não está em trocar caras ou lugares, está em expulsar os que utilizam o dinheiro público para abastecer partidos e esse aviso vai para todos os lados.”

À medida que as investigações avançam, o eleitorado português observa com atenção: “O país precisa de um novo contrato ético entre partidos e cidadãos. O CHEGA está disposto a ser a voz desse contrato”, concluiu.

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