Degradação dos solos afeta perto de 1,7 mil milhões de pessoas em zonas agrícolas

Cerca de 1,7 mil milhões de pessoas vivem em áreas onde a produtividade agrícola está a diminuir devido à degradação dos solos provocada pela ação humana, indica um relatório da ONU divulgado na segunda-feira.

© D.R.

Esta é “uma crise silenciosa e generalizada que está a prejudicar a produtividade agrícola e a ameaçar a saúde dos ecossistemas em todo o mundo”, alerta a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no relatório sobre O Estado da Alimentação e da Agricultura 2025.

Das cerca de 1,7 mil milhões de pessoas a nível mundial que vivem em áreas onde a produtividade agrícola caiu 10%, “47 milhões são crianças com menos de cinco anos, cujo crescimento é prejudicado”, acrescenta o relatório.

A degradação dos solos, que a FAO define como “um declínio a longo prazo na capacidade do solo para fornecer funções e serviços ecossistémicos essenciais”, além de um problema ambiental também “afeta a produtividade agrícola, os meios de subsistência rurais e a segurança alimentar”, assinala.

O documento adianta que a degradação dos solos resulta de uma combinação de causas naturais, como a erosão e a salinização, e de origem humana, como “a desflorestação, o sobrepastoreio e as práticas agrícolas e de rega insustentáveis”, sendo estas “cada vez mais prevalentes”.

Segundo a agência da ONU, o recurso a práticas sustentáveis, “como a rotação de culturas e a utilização de plantas de cobertura para preservar a saúde do solo, reduzir a erosão e contribuir para a biodiversidade”, poderá restaurar a produção suficiente para alimentar mais 154 milhões de pessoas por ano.

Para atingir este objetivo, o relatório defende “estratégias integradas de utilização da terra e intervenções políticas, incluindo medidas regulamentares como controlos de desflorestação, programas baseados em incentivos e mecanismos de condicionalidade que ligam os subsídios aos resultados ambientais”.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.