Segundo Francisco Gomes, as organizações identificadas incluem a Jamaat-e-Islami, que, afirmou, “tem como objetivo declaradamente a implantação do Islão em todas as áreas da sociedade” e foi “oficialmente declarada como organização terrorista” por vários países em 2024, por estar envolvida em “assassinatos de minorias religiosas, incluindo especialmente católicos”.
De acordo com o deputado, o movimento é liderado em Portugal por um indivíduo que, alegadamente, coordena ações e protestos contra cristãos na Europa. Jamaat-e-Islami é uma organização que tem ligações ao BNP (Bangladesh National Party), um partido que tolera, promove e financia acções de movimentos extremistas islâmicos, incluindo dentro do próprio Bangladesh. Membros do BNP estão em Lisboa e estiveram envolvidos num episódio de violência que teve lugar em Lisboa em Janeiro de 2025. O BNP também tem laços estreitos com o Partido Socialista e pessoalmente com Rana Taslim Uddin.
A segunda organização, explicou, é a Dawat-e-Islami, liderada em Portugal por um homem chamado Maulana Attari, que “está a usar o país para planear protestos contra cristãos na Irlanda, na Grécia e na Suécia”, ações essas “reportadas em redes sociais abertas”. Francisco Gomes acrescentou que esta organização “tem como irmãs o Hamas palestiniano e a Irmandade Muçulmana”.
A terceira organização, continuou, é a Khelafat Majlis, liderada em Portugal por um homem identificado como Ahmad Quader, cujo líder, “na sua instalação em Lisboa, declarou: não há alternativa senão um sistema estatal islâmico baseado no califado e na erradicação de todas as outras religiões”.
Segundo o deputado, este movimento “tem como organização irmã o Hizb ut-Tahrir, também declarado como organização terrorista pelo governo britânico em janeiro de 2024”.
No final da intervenção, Francisco Gomes questionou o Governo sobre se tem conhecimento da existência e das atividades destas organizações e, caso não tenha, como explica a ausência de reação, tendo em conta o historial de ações terroristas no estrangeiro por parte dos mesmos grupos que, segundo disse, operam agora em território português. O deputado perguntou ainda se o Estado está disposto a expulsar do país os líderes destas organizações e todos os que a elas se associem, considerando que representam “uma ameaça clara à segurança e à estabilidade nacional”.