A Polícia de Segurança Pública (PSP) lançou, na manhã desta quarta-feira, uma operação de grande envergadura nos bairros Dr. Nuno Pinheiro Torres e Pasteleira, no Porto.
Segundo o Jornal de Notícias (JN), o dispositivo, que mobiliza dezenas de agentes de várias unidades, foi desencadeado três dias depois de um polícia ter sido agredido durante uma intervenção e de moradores terem impedido a detenção do agressor.
A partir das 8h00, equipas de intervenção rápida, patrulhas e elementos da Divisão de Investigação Criminal ocuparam as principais artérias dos dois bairros, impondo uma presença policial musculada e constante.
Fontes da PSP confirmaram ao JN que as operações de vigilância e dissuasão vão prolongar-se “por tempo indeterminado”, com o objetivo de restabelecer a segurança e reafirmar a autoridade da polícia naquela zona da cidade.
O episódio que esteve na origem desta intervenção ocorreu no último domingo à tarde, quando uma patrulha da PSP abordou dois indivíduos que se encontravam dentro de um automóvel estacionado junto ao bairro Pinheiro Torres.
Durante a ação, o passageiro da viatura agrediu um dos agentes, obrigando os colegas a intervir. A tentativa de detenção, porém, foi travada por vários moradores, que cercaram os polícias e se envolveram em confrontos físicos.
O agressor conseguiu fugir, enquanto o condutor do veículo acabou detido no local.
Mais tarde, já com reforços no terreno — incluindo outras Equipas de Intervenção Rápida e investigadores criminais —, os agentes realizaram buscas na zona e apreenderam uma pistola de calibre proibido, encontrada no chão. A arma terá sido abandonada por um dos residentes que enfrentou a polícia.
Os bairros Dr. Nuno Pinheiro Torres e Pasteleira são há décadas focos de tensão social, associados ao tráfico e consumo de droga. As forças de segurança realizam frequentemente operações nestas áreas, mas o dispositivo agora montado destaca-se pela dimensão e duração, revelando a intenção da PSP de impor ordem e dissuadir novos episódios de violência.
Uma fonte policial confirmou ao JN que o reforço permanecerá “até que a tranquilidade esteja completamente reposta”, acrescentando que continuam em curso diligências para localizar o agressor que escapou à detenção.