É o valor mais elevado desde 2020, quando Portugal apresentava 521 despedimentos coletivos. Só no último mês de setembro foram comunicados 55 despedimentos coletivos, contra 36 no mês homólogo.O número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos está a aumentar desde 2023, sendo que o valor registado nos primeiros nove meses deste ano é já o valor mais elevado desde 2020 (5.371).
Dos 414 despedimentos coletivos comunicados pelas empresas entre janeiro e setembro, 145 foram de microempresas, 167 de pequenas empresas, 63 se médias empresas e 39 de grandes empresas.
Também o número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos sofreu um aumento: 16,6% até setembro, face a igual período do ano anterior, totalizando os 5.544, ainda segundo a DGERT.
Dos 5.544 trabalhadores, 5.412 foram efetivamente despedidos, o que representa um aumento de 21% face a igual período homólogo.Por regiões, a região de Lisboa e Vale do Tejo e o Norte continuam a ser as regiões com maior número de despedimentos coletivos comunicados até setembro, com 203 e 126 respetivamente, perfazendo 49% e 31% do total.
No que toca especificamente ao mês de setembro, foram efetivamente despedidos 200 trabalhadores um valor inferior aos 634 de agosto e aos 544 do período homólogo.
Dos 200 trabalhadores efetivamente despedidos em setembro, a região Centro representava a larga maioria (58%), com 117 trabalhadores efetivamente despedidos.As mulheres foram as mais afetadas pelos despedimentos em setembro, perfazendo 64% das rescisões.
As indústrias transformadoras, comércio por grosso, atividades de saúde e ação social e atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares são os setores com maior número de trabalhadores despedidos em setembro.