Em comunicado, o STI manifestou “a sua profunda preocupação e indignação face aos recentes disparos contra vidros dos Serviços de Finanças, na Grande Lisboa, ocorridos sempre de madrugada e, presumivelmente, a partir de um carro em andamento, conforme noticiado”.
O sindicato disse também estranhar que a administração da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) não tenha manifestado publicamente preocupações “ou tomado medidas concretas para reforço de segurança”.
“Estes acontecimentos, de extrema gravidade, vêm agravar o clima de insegurança sentido pelos trabalhadores da AT”, salientou o sindicato, apontando que, segundo dados de 2024, num universo de cerca de 10.000 trabalhadores, 60% foi vítima de agressões físicas ou verbais no exercício das suas funções.
Adicionalmente, o STI aponta ainda a “degradação progressiva dos espaços físicos da AT”, sem “condições mínimas de segurança”, com “falta de manutenção, equipamentos obsoletos e estruturas inadequadas para o atendimento ao público e trabalho inspetivo”, indicando mesmo não ser raro, em dias com muita chuva, chover dentro de alguns espaços.
“O STI apela ao Governo por medidas urgentes e concretas, nomeadamente: o reforço imediato da segurança em locais de risco, a avaliação técnica dos riscos existentes com implementação de protocolos de emergência, e a adequada formação dos quadros técnicos da AT para prevenir, mitigar e reagir, quando necessário, a estas situações”, vincou.