Operação da GNR e Guardia Civil de combate ao tráfico de droga faz 15 detidos

A GNR e a Guardia Civil espanhola detiveram 15 pessoas e apreenderam 1.509 quilos de haxixe e 36 embarcações numa operação conjunta de combate ao tráfico de droga por via marítima na Península Ibérica, foi hoje anunciado.

©GNR

Num comunicado conjunto, a Guarda Nacional Republicana e a Guardia Civil referem que esta operação, que decorreu durante três semanas em novembro, realizou-se no âmbito de uma cooperação conjunta para combater a estrutura logística de apoio ao tráfico internacional de droga por via marítima na Península Ibérica.

Segundo as duas polícias, este é “o primeiro dispositivo coordenado de combate à criminalidade transfronteiriça” e terá continuidade no tempo através do planeamento de novas operações em ambos os lados da fronteira com “o objetivo de manter a pressão sobre o crime organizado, consolidar a cooperação entre os dois países” e reforçar a segurança pública.

Num balanço da operação, denominada ‘Diana’, a GNR e a Guardia Civil dizem que foram detidas 15 pessoas e apreendidos 1.509 quilos de haxixe, 36 embarcações, nove das quais alta velocidade, 1.472 garrafas de combustível, 13 veículos e uma arma de fogo, além da elaboração de 98 autos de contraordenação.

Estas duas forças de segurança indicam que foram realizadas ações em diferentes pontos da província de Huelva, bem como em zonas fronteiriças portuguesas.

“A GNR e a Guardia Civil de Espanha coordenaram um dispositivo contra a criminalidade transfronteiriça, especialmente no que se refere ao narcotráfico e ao apoio logístico que partilham um mesmo contexto nas zonas limítrofes entre o sul de Portugal e a província de Huelva”, precisa o comunicado.

As duas forças de segurança sublinham que a operação ‘Diana’, que vai ser “mantida no ativo”, responde ao aumento das ações coordenadas com o país vizinho.

Segundo a GNR e a Guardia Civil, este dispositivo foi criado “devido à pressão policial exercida na zona de Gibraltar, que obrigou as organizações criminosas dedicadas ao narcotráfico a modificar o seu ‘modus operandi’ e os locais de descarga da droga, deslocando-se para a fronteira entre os dois países, que coincide com o leito do rio Guadiana”.

De acordo com as polícias dos dois países, a posição fronteiriça deste rio, assim como os múltiplos canais que dele saem, foram considerados “pelas organizações criminosas como uma oportunidade para efetuar descargas, utilizando embarcações semirrígidas de grande potência e cilindrada, tentando assim fugir ao controlo no Campo de Gibraltar”.

“A GNR e a Guardia Civil comprometeram-se a reforçar e facilitar uma coordenação contínua para combater esta ameaça, através de um dispositivo policial nas regiões transfronteiriças por terra, mar e ar, garantindo desta forma a segurança pública, a vigilância e o controlo da segurança rodoviária, permitindo ainda um intercâmbio de informação entre ambos os corpos de polícia”, indicam.

Durante três semanas de novembro, os militares da GNR e da Guardia Civil intensificaram a vigilância e reforçaram a presença em particular nas zonas portuguesas do Algarve e em vários municípios da província de Huelva.

Na operação, que terminou em 25 de novembro, mas só hoje foi divulgada, foram realizados mais de 200 pontos de controlo de verificação em diferentes vias de comunicação, controlados mais de 400 veículos e identificadas mais de 900 pessoas.

As duas polícias sublinham que “o aumento da presença policial e da coordenação entre as forças permitiu travar significativamente a atividade ilícita destas organizações nas zonas transfronteiriças, tanto no que diz respeito ao narcotráfico como às atividades logísticas associadas, como a mudança de tripulações ou o fornecimento de mantimentos e material”.

Do lado português, participou na operação a GNR, através da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF), comandos territoriais de Faro e de Beja e Secção de Investigação Criminal do Grupo de Intervenção de Operações Especiais (GIOE), e a Força Aérea Portuguesa.

Do lado espanhol, foram realizados controlos e vigilância por terra – com agentes de Seguridad Ciudadana, COS, GAR, ARS, USECIC, Policía Judicial, EDOA e CRAIN; por mar – com o Servicio Marítimo Provincial de Huelva e o Grupo Marítimo del Estrecho (e Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras); e por ar – com as equipas PEGASO, SAER e Servicio Aéreo.

Últimas do País

As provas nacionais deste ano letivo começam no final de maio com os alunos do 4.º ano a demonstrarem os seus conhecimentos em Educação Artística e terminam em julho com os exames do ensino secundário.
A GNR e a Guardia Civil espanhola detiveram 15 pessoas e apreenderam 1.509 quilos de haxixe e 36 embarcações numa operação conjunta de combate ao tráfico de droga por via marítima na Península Ibérica, foi hoje anunciado.
A PSP está a realizar hoje buscas na sede do Sindicato dos Enfermeiros (SE), no Porto, no âmbito de um inquérito que investiga o alegado desvio de dinheiro da instituição pelo anterior presidente, indicou fonte judicial à agência Lusa.
As reclamações sobre os serviços digitais subiram 170% no terceiro trimestre do ano, sendo a plataforma mais reclamada o Facebook, da Meta, avançou hoje a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam, na manhã desta quarta-feira, tempos de espera superiores a 14 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
Uma mulher do alegado grupo criminoso desmantelado em maio e que se dedicava ao auxílio à imigração ilegal, corrupção e branqueamento de capitais viu a sua medida de coação ser agravada para prisão preventiva, informou hoje a PJ.
O programa "ligue antes, salve vidas", para reduzir a pressão nas urgências, ainda não foi implementado em todas as unidades locais de saúde por falta de capacidade da linha SNS 24, reconheceu hoje o diretor executivo do SNS.
O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou hoje que o regulador vai analisar contratos de seguros de proteção ao crédito, onde vê sinais de “algum desequilíbrio” na relação contratual com os clientes.
O casal acusado de triplo homicídio em Donai, no concelho Bragança, em julho de 2022 foi hoje condenado a 25 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família das vítimas de 225 mil euros.
Um casal foi condenado a dois anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução, por enviar mensagens de telemóveis falsas a cobrar supostas dívidas em nome da EDP, revelou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.