CHEGA em Pedrógão critica Governo por falhas no combate aos incêndios

© Folha Nacional

O presidente do CHEGA, acompanhado pelos deputados Pedro Pinto, Rui Paulo Sousa e Gabriel Mithá Ribeiro, assistiu, na terça-feira, à cerimónia de homenagem às vítimas mortais dos incêndios que teve lugar na zona de Pobrais, em Vila Facaia, no concelho de Pedrógão Grande.

Para André Ventura é importante “não nos esquecermos da tragédia que ceifou tantas vidas no ano de 2017”, ao mesmo tempo que “não nos podemos esquecer que há problemas sérios para resolver” no que ao ordenamento florestal e à prevenção diz respeito.

Na ótica do líder do CHEGA há vários aspetos que devem ser tidos em conta quando se pensa em delinear um “plano sério e realista” de combate aos incêndios.

Desde logo, referiu, é “fulcral dotar os bombeiros dos meios necessários para o combate às chamas”, tal como é “fundamental que a Autoridade Nacional da Proteção Civil atue em coordenação com os comandantes que conhecem os territórios”, pois um comando “excessivamente centralizado” não ajuda nem os bombeiros, nem as populações no combate aos incêndios.

Depois, continuou André Ventura, o Estado tem falhado no que às comunicações diz respeito, lembrando que ainda há zonas do país onde não há rede telefónica. “E já percebemos que não podemos ficar reféns do SIRESP, pois são conhecidas as falhas neste sistema que deixam os bombeiros no terreno sem conseguir comunicar”, acrescentou.

Nesta senda, o líder do CHEGA lembrou que o Executivo, cujo “primeiro-ministro está no poder há oito anos, não foi ainda capaz de delinear um plano de reordenamento da floresta e do território que seja exequível e adaptado à realidade”.

Para André Ventura é “importante conseguir atrair pessoas para os territórios de baixa densidade populacional”, não só para retirar pressão aos grandes centros urbanos, mas, principalmente para “devolver a vida a estes territórios”.

“Quão maior for o nível de abandono do território, maior o risco de incêndio, porque o combustível florestal cresce sem que haja qualquer controlo do mesmo”, apontou, referindo que o Estado também de cumprir o seu papel enquanto proprietário de terrenos.

“O Estado não pode multar o cidadão que não limpa os seus terrenos e depois ter os seus próprios terrenos completamente ao abandono com perigosos níveis de combustível”, rematou.

Instado a comentar o facto de só o CHEGA e o PAN estarem presentes na cerimónia, André Ventura disse apenas que “cada partido define a sua prioridade, a nossa é e sempre será os portugueses”.

A cerimónia de homenagem às vítimas dos incêndios florestais decorreu na última terça-feira e contou com a presença do CHEGA, da deputada única do PAN, Inês Sousa Real, do primeiro-ministro, do Presidente da República, bem como do bombeiro Rui Rosinha que ficou com 85% de incapacidade na sequência do incêndio de Pedrógão Grande.

Nas declarações que prestaram no local, o primeiro-ministro sublinhou que “todos temos a obrigação permanente e diária de saber que o risco [de incêndio] existe e que o devemos prevenir” até porque, vincou António Costa, “Portugal é um país particularmente exposto ao risco das alterações climáticas, o que agrava todos os anos o risco de incêndios”.

Já o Presidente da República encerrou a cerimónia sugerindo que, no próximo ano, o Dia de Portugal (10 de junho) fosse celebrado em Pedrógão Grande. “Tenho a certeza que o Governo me acompanhará nisso, penso que é preciso dar mais um sinal de vida”, concluiu.

200 caracteres

“O Estado não pode multar o cidadão comum que não limpa os seus terrenos e depois ter os seus próprios terrenos completamente ao abandono, sem serem limpos e com perigosos níveis de combustível”

 

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República explicou esta sexta-feira que não concede audiências sobre propostas de referendo, como a que foi pedida pelo presidente do CHEGA, porque nos termos da Constituição só lhe compete intervir na fase final desses processos.
O Presidente da República afirmou hoje que vai começar a tratar da sucessão da procuradora-geral da República, Lucília Gago, com o primeiro-ministro para a semana, e referiu não saber que método Luís Montenegro pretende adotar nesta matéria.
A maioria dos partidos quer saber se o ex-primeiro-ministro António Costa teve alguma intervenção no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria com o medicamento Zolgensma, enquanto o PS decidiu não fazer perguntas.

O atual líder do executivo, Luís Montenegro, rejeitou aquelas que seriam as exigências do CHEGA no que diz respeito ao combate à corrupção e ao controlo da imigração ilegal, preferindo negociar as medidas para o Orçamento do Estado de 2025 (OE25) com o Partido Socialista. Para o CHEGA, medidas de controlo à imigração ilegal e […]

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu hoje que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”, sublinhando que se trata de uma “falha grave” da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da legislatura.
O presidente do CHEGA afirmou que o partido está a estudar propor uma nova comissão de inquérito à gestão da TAP, afirmando que "muito passou ao lado" do parlamento no anterior inquérito à gestão da companhia aérea.

Numa altura em que a imigração está a caminho de atingir os 15%, Luís Montenegro decidiu colocar em curso uma megaoperação para acelerar os pedidos que estão pendentes na AIMA. É já no dia 9 de setembro que vai arrancar este processo, que contará com um megacentro de operações em Lisboa e outros mais pequenos […]

O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, classificou como “uma trapalhada” o processo de privatização da TAP, criticando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao acusá-lo de ser cúmplice, afirmando que “quando chamou Miguel Pinto Luz para o Governo, sabia quem estava a nomear”.
André Ventura acusa Luís Montenegro de traição à Direita e de mentir ao CHEGA quando escolheu o PS para negociar o Orçamento do Estado de 2025.
O CHEGA reiterou hoje que se vai manter afastado das negociações do próximo Orçamento do Estado e não vai comparecer nem à próxima, nem a mais nenhuma reunião com o Governo, acusando o executivo de provocar o partido.