O aumento está também ligado à “estagnação contínua dos progressos na educação em todo o mundo” e põe em causa a realização de um dos principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU para 2030
Num comunicado divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a sua diretora-geral, Audrey Azoulay, alerta que “a educação está em estado de emergência” e apela à mobilização urgente dos Estados, “se não quiserem alienar o futuro de milhões de crianças”.
“Embora tenham sido feitos esforços consideráveis nas últimas décadas para garantir uma educação de qualidade para todos, os dados da UNESCO mostram que o número de crianças fora da escola está a aumentar”, afirmou Azoulay.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4 apela a uma educação de qualidade para todos até 2030. Para o atingir, os peritos da UNESCO consideram que seriam necessários mais seis milhões de crianças no ensino pré-escolar, mais 58 milhões de crianças e jovens na escola e, pelo menos, 1,7 milhões de professores do ensino primário formados.
Embora tenham sido feitos esforços consideráveis nas últimas décadas para garantir uma educação de qualidade para todos”, diz Azoulay, “os dados da UNESCO mostram que o número de crianças que não frequentam a escola está a aumentar”.
O ODS 4 apela a uma educação de qualidade para todos até 2030. Para o atingir, os peritos da UNESCO consideram que seria necessário haver mais seis milhões de crianças no ensino pré-escolar, mais 58 milhões de crianças e jovens na escola e, pelo menos, 1,7 milhões de professores do ensino primário formados.
Há um ano, na Cimeira das Nações Unidas sobre a Transformação da Educação, 141 países comprometeram-se a transformar os seus sistemas educativos para acelerar o progresso em direção a este objetivo.
De acordo com Azoulay, para que os países atinjam os seus objetivos, 1,4 milhões de crianças têm de ser inscritas anualmente no ensino pré-escolar até 2030 e os progressos nas taxas de conclusão do ensino primário têm de quase triplicar.
Desde 2015, a percentagem de crianças que concluem o ensino primário aumentou menos de 3 pontos percentuais, para 87%. Entretanto, a percentagem de jovens que concluem o ensino secundário aumentou menos de 5 pontos percentuais, para 58%.