Sobre se a UGT irá rever a sua política reivindicativa e exigir aumentos salariais acima de 4,8% em 2024 (o valor inscrito no acordo de rendimentos, acordado entre confederações patronais e UGT), Sérgio Monte afirmou que a “UGT honra os seus compromissos como sempre fez” e que neste momento “não há motivos para renegociar ou rever pressupostos”.
“O mínimo [de aumentos salariais para 2024] é de 4,8%. Nada impede os patrões de dar mais, nada impede uma empresa de aumentar os trabalhadores em 20%, pode fazê-lo à vontade”, acrescentou.
A CIP propôs na semana passada ao Governo o designado `Pacto Social` com 30 medidas, entre as quais o pagamento voluntário pelas empresas do 15.º mês aos trabalhadores isento de contribuições e impostos.
A confederação patronal propôs ainda, em 2024 e 2025, um incremento salarial de 14,75% nos salários com redução temporária da Taxa Social Única (TSU). Desse valor, o aumento salarial seria de 4,75% e os restantes 10% iriam para um plano individual de reforma.
A CIP defende a criação de planos de reforma nas empresas com pagamentos isentos de TSU e IRS, provenientes desta medida extraordinária de liquidez para as famílias, de contribuições da entidade patronal, de dividendos pagos aos trabalhadores, de horas extraordinárias ou de horas de descanso adquiridas como descanso compensatório ou de férias anuais que excedam o período mínimo.
Hoje, em entrevista ao Público e à rádio Renascença, o líder da CIP, Armindo Monteiro, disse que a CIP está a propor aumentos de salários bem superiores às reivindicações da “mais radical das centrais sindicais”, a CGTP.
Questionado sobre se esse aumento proposto é feito à custa da Segurança Social, o `patrão dos patrões` negou afirmando que o que está a “propor é que parte deste aumento vá para a Segurança Social”.