Biden avisa republicanos que a história julgará quem virar as costas à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu na terça-feira os republicanos, que estão a bloquear a aprovação de uma nova ajuda militar ao Governo de Kiev, que "a história julgará aqueles que virarem as costas" à Ucrânia

© Facebook / President biden

 

Durante uma conferência de imprensa na Casa Branca com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenski, Biden citou um apresentador de televisão russo próximo do Kremlin que disse: “muito bem, republicanos”, quando decidiram bloquear o apoio a Kiev.

“Se estão a ser elogiados por propagandistas russos, é altura de repensar o que estão a fazer”, sublinhou Biden.

O líder democrata acrescentou que “a história julgará com severidade todos aqueles que virarem as costas à causa da liberdade, porque hoje a liberdade da Ucrânia está ameaçada”.

Biden acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, está convencido de que Washington vai falhar com a Ucrânia.

“Temos de provar que ele está errado”, afirmou Biden, que se dirigiu ao seu homólogo ucraniano e prometeu que nem ele nem a população americana se afastarão do povo da Ucrânia.

Biden e Zelenski reuniram-se em Washington pela terceira vez desde o início da guerra.

Durante o encontro, o presidente norte-americano anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 200 milhões de dólares (185,2 milhões de euros), mas estes recursos fazem parte de um orçamento que está prestes a esgotar-se.

Biden pediu ao Congresso que aprovasse um novo pacote de 106 mil milhões de dólares, que inclui 61 mil milhões de dólares para a Ucrânia e 15 mil milhões para Israel, mas os republicanos bloquearam-no e exigem da Casa Branca, em contrapartida, uma política de imigração mais restrita.

O pacote de ajuda militar anunciado na terça-feira inclui equipamento adicional de defesa aérea, munições de artilharia e armas antitanque.

Munições para os sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), munições de 155 e 105 milímetros, mísseis antirradiação de alta velocidade e material para proteger infraestruturas críticas fazem parte da lista de equipamento militar.

Zelenski reiterou que a Ucrânia precisa de novos sistemas de defesa aérea para ganhar a guerra contra a Rússia.

“Em 2024, quem controlar os céus controlará a duração da guerra”, disse o líder ucraniano, vestido com a sua habitual roupa caqui.

Últimas de Política Internacional

Olaf Scholz foi escolhido por unanimidade como o candidato primeiro-ministro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) nas eleições legislativas antecipadas de 23 de fevereiro, anunciou hoje o partido.
A lusodescendente e senadora republicana de Rhode Island, Jessica de la Cruz, espera que o seu partido "não desperdice a oportunidade” gerada pela vitória de Donald Trump, admitindo à Lusa ansiar pela redução governamental prometida pelo Presidente eleito.
A Alemanha e a França sinalizaram hoje que tomaram nota dos mandados de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelita e o seu ex-ministro da Defesa, mas sem indicarem se os aplicarão.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu hoje mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif.
A Comissão Europeia adotou hoje um conjunto de diretrizes para melhorar os direitos das pessoas com deficiências e para ajudar na promoção de um estilo de vida independente, com integração nas comunidades.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje que a embaixada de Portugal em Kiev encerrou “temporariamente e por alguns dias”, mas salientou que tal já aconteceu por várias vezes durante a guerra da Ucrânia.
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev vai encerrar depois de ter sido alertada para um "possível ataque aéreo significativo" contra a Ucrânia, após Moscovo ter ameaçado responder ao uso de mísseis norte-americanos de longo alcance contra território russo.
O parlamento ucraniano aprovou hoje o orçamento para 2025, no qual 60% da despesa (50 mil milhões de euros) serão consagrados à defesa e à segurança nacional, para combater a invasão russa e suas consequências, anunciou o Governo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje o decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com os mísseis de longo alcance.
Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia (UE) reúnem-se hoje, em Bruxelas, com um primeiro debate sobre as possibilidades de pesca para 2025 na agenda.