China apela novamente à contenção para evitar escalada no Médio Oriente

A China voltou hoje a apelar à contenção de todas as partes, depois de o Irão ter disparado no sábado dezenas de veículos aéreos não tripulados ("drones") e mísseis contra Israel.

© Facebook de Wang Yi

“A China apela às partes para que mantenham a calma e a contenção para evitar uma nova escalada das tensões”, respondeu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, quando questionado sobre se a China está preocupada em ser arrastada para um conflito.

No domingo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou a sua preocupação “com a atual escalada da situação” na região e apelou a “todas as partes para que mantenham a calma e a contenção”.

A diplomacia chinesa apelou igualmente à comunidade internacional, “especialmente aos países influentes”, para que desempenhem “um papel construtivo na manutenção da paz e da estabilidade regionais”.

Na semana passada, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, condenou “veementemente” o ataque atribuído por Israel ao consulado iraniano em Damasco, numa conversa com o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na qual apelou também ao respeito pela soberania do Irão e da Síria.

Durante a conversa, Wang sublinhou a “inviolabilidade” das instituições diplomáticas.

A China reiterou que o recente aumento das tensões é “uma extensão” do conflito em Gaza e que, por conseguinte, a “prioridade imediata” é “acalmar a situação” nessa zona.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês tem apelado repetidamente às partes para que “apliquem efetivamente” as resoluções da ONU, “ponham imediatamente termo às hostilidades” e “evitem uma crise humanitária”.

Desde outubro passado, Pequim tem manifestado o seu apoio à “causa justa do povo palestiniano para restabelecer os seus direitos e interesses legítimos” e à solução de dois Estados, ao mesmo tempo que exprime a sua “consternação” face aos ataques contra civis por parte de Israel, que tem instado repetidamente a respeitar a Carta das Nações Unidas.

Últimas de Política Internacional

Marine Le Pen, líder do partido Rassemblement National (RN), pediu hoje ao presidente Emmanuel Macron para convocar eleições ultra-rápidas depois da previsível queda do Governo do primeiro-ministro François Bayrou.
O Governo britânico começou a contactar diretamente os estudantes estrangeiros para os informar de que vão ser expulsos do Reino Unido caso os vistos ultrapassem o prazo de validade, noticiou hoje a BBC.
O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro avisou hoje que prevê que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imponha novas sanções contra o Brasil, caso o seu pai, Jair Bolsonaro, seja condenado de tentativa de golpe de Estado.
No último fim de semana, a Austrália assistiu a uma das maiores mobilizações populares dos últimos anos em defesa de políticas migratórias mais rigorosas. A “Marcha pela Austrália” reuniu milhares de cidadãos em várias cidades, incluindo Sidney, Melbourne e Adelaide, numa demonstração clara da crescente preocupação da população com os efeitos da imigração massiva sobre o país.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, voltou hoje a defender "um pacto de Estado face à emergência climática" após os incêndios deste verão e revelou que vai propor um trabalho conjunto para esse objetivo a Portugal e França.
A Comissão Europeia vai apresentar na reunião informal do Conselho Europeu, em 01 de outubro, em Copenhaga, o plano para reforçar a defesa e segurança dos países da UE, anunciou hoje a presidente.
O Ministério das Finanças da África do Sul prepara-se para baixar o nível a partir do qual considera que um contribuinte é milionário, com o objetivo de aumentar a receita fiscal no país africano mais industrializado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que a Rússia se prepara para lançar uma nova ofensiva em grande escala na Ucrânia, de acordo com os meios de comunicação locais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca convocou hoje o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos devido a alegadas tentativas norte-americanas de interferência junto da opinião pública da Gronelândia.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou hoje que o Governo iraniano está por trás de ataques antisemitas no país contra a comunidade judaica e anunciou a expulsão do embaixador iraniano em Camberra.