Orbán diz que Bruxelas está a “brincar com o fogo” na sua posição sobre o conflito na Ucrânia

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, alertou hoje para o risco de a Europa entrar num "remoinho de guerra" que a "levará para o abismo", considerando que "Bruxelas está a brincar com o fogo" pelo envolvimento na guerra na Ucrânia.

©Facebook de Viktor Orbán

 

“O que está a ser feito é uma verdadeira loucura”, disse Orbán no primeiro grande comício de campanha do seu partido, o Fidesz, para as eleições europeias de junho. O primeiro-ministro húngaro não escondeu que espera que estas eleições marquem um ponto de viragem na Europa, com um maior peso das posições ultraconservadoras.

Orbán sublinhou a sua firme oposição a qualquer envolvimento da NATO na Ucrânia.

“A Hungria não quer a guerra e não quer que a Hungria volte a ser um joguete nas mãos das grandes potências”, explicou, prometendo que o seu país “não entrará no conflito” ucraniano “por nenhum dos lados”.

O líder húngaro apelou também a uma “tomada de controlo” de Bruxelas, um termo que já utilizou em várias ocasiões para atacar o que define como “incompetência” dos “burocratas”. Segundo Orbán, existe “um grande problema” no seio da União Europeia e entre as políticas que pretende alterar estão as questões migratórias

“Ninguém pode ditar aos húngaros com quem têm de viver”, afirmou Orbán, cujo governo tem sido apontado nos últimos anos por retrocessos em termos de Estado de direito, entre outras razões, devido a leis que restringem os direitos da comunidade LGTBI.

Últimas de Política Internacional

O lusodescendente Paulo Pinto, membro ativo da Alternativa para a Alemanha (AfD, direita radical alemã) em Euskirchen, defende que os partidos tradicionais devem ouvir os eleitores e abandonar o discurso sobre o “cordão sanitário”.
A Comissão Europeia aprovou hoje uma ajuda adicional de 40 milhões de euros para ajudar os ucranianos em situação vulnerável a prepararem-se para o inverno, perante os recentes ataques russos contra infraestruturas de energia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou hoje o antigo negociador da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, como novo primeiro-ministro de França após mais de 50 dias de governo provisório.
O Presidente russo, Vladimir Putin, apoiou hoje a candidatura da norte-americana Kamala Harris à Casa Branca, um dia depois de Washington ter acusado Moscovo de interferência nas presidenciais dos Estados Unidos da América.
O atual ministro espanhol da Transformação Digital, José Luis Escrivá, será o novo governador do Banco de Espanha, anunciou hoje o Governo liderado pelo socialista Pedro Sánchez, que está ser alvo de críticas da oposição por causa desta escolha.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quer rever as ajudas diretas aos pequenos agricultores e prometeu hoje apresentar medidas nos primeiros 100 dias do próximo mandato.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitry Kuleba, apresentou hoje a demissão, numa carta dirigida ao Verkhovna Rada (parlamento) do país.
A Justiça neerlandesa pediu hoje 14 anos de prisão para um pregador paquistanês por incitar ao assassínio do líder neerlandês anti-islâmico de direita radical, Geert Wilders, e seis anos para um dirigente partidário extremista paquistanês por sedição e ameaças.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, encerrou hoje um intenso dia de consultas para nomeação do próximo primeiro-ministro, mantendo-se a falta de consenso sobre uma personalidade que possa sobreviver a uma moção de censura na Assembleia Nacional.
O Governo dos Estados Unidos apreendeu um avião utilizado pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegando violações das sanções e das leis de controlo das exportações, informou hoje o Departamento de Justiça norte-americano.