A mensagem divulgada hoje pela primeira-ministra italiana nas redes sociais, surge no dia em que a Itália celebra o feriado da Libertação do nazi-fascismo, 79 anos depois do fim da guerra, em 1945.
“No dia em que a Itália celebra a Libertação, que com o fim do fascismo lançou as bases para o regresso da democracia, reiteramos a nossa aversão a todos os regimes totalitários e autoritários, os de ontem, que oprimiram os povos da Europa e de todo o mundo e os de hoje, a quem estamos determinados a opormo-nos com compromisso e coragem”, escreveu.
E acrescentou: “Continuaremos a trabalhar para defender a democracia para uma Itália finalmente capaz de se unir no valor da liberdade”.
A celebração deste dia chega precedida pela decisão dos dirigentes da televisão pública RAI de cancelar o monólogo sobre o antifascismo e o 25 de abril do escritor Antonio Scurati, conhecido pela sua trilogia sobre o ditador fascista Benito Mussolini, no programa ‘CheSara’.
A decisão de cancelar a participação de Antonio Scurati foi considerada de censura pelos partidos da oposição, que voltaram a condenar o que consideram a intenção do Governo Giorgia Meloni de controlar a televisão pública e o seu conteúdo.
“Que a política se interesse pelo 25 de Abril é uma coisa boa, o importante é que o seu valor seja reconhecido, algo que infelizmente não vejo nem sinto e muitos ministros ainda não reconhecem o 25 de Abril”, disse o presidente da Associação dos Partidários de Milão, Primo Minelli.
O líder da Liga e vice-presidente do Governo, Matteo Salvini, participou na cerimónia no santuário de Sant’Ambrogio em Milão para recordar os que tombaram na Libertação juntamente com o autarca Beppe Sala e o ministro Giuseppe Valditara,
Matteo Salvini afirmou ainda que o antifacismo deste Governo “é evidente” e que sempre honrou o 25 de Abril “sem ter que se gabar disso”.