Wang Hongquan tinha acumulado mais de 4,3 milhões de seguidores no Douyin, a versão chinesa do TikTok, que está bloqueado na China, desde abril passado.
Numa declaração recente, Wang, de 30 anos, disse que não sai de casa “sem levar uma quantia de oito dígitos em dinheiro”.
É também conhecido pela sua tendência para adquirir várias propriedades e veículos de luxo, como Rolls-Royces, algo que as plataformas estão agora a tentar erradicar ao abrigo das orientações oficiais que pretendem evitar a “extravagância”.
Outros influenciadores igualmente conhecidos por exibirem a sua riqueza também desapareceram das plataformas, numa altura em que o país asiático enfrenta um abrandamento económico e alta taxa de desemprego jovem.
Em abril, a rede social Weibo anunciou que ia combater os conteúdos que promovem “valores negativos” como o “esbanjamento e a ostentação”.
Outras redes, como a plataforma de vídeo Bilibili e a aplicação de vídeos curtos Kuaishou, também anunciaram medidas semelhantes.
Em dezembro, o Gabinete da Comissão Central para os Assuntos do Ciberespaço lançou uma campanha de um mês contra “informações falsas”, “conteúdos inadequados” e “valores errados” no setor de difusão de vídeos curtos.
O regulador chinês da Internet visou então comportamentos como a “criação de esquemas para ajudar grupos desfavorecidos” para “explorar a solidariedade do público”, “ostentação de riqueza”, “culto do materialismo” e “indulgência no luxo”.
A China tem o maior número de utilizadores da Internet no mundo, mas é também um dos países com maior controlo sobre os conteúdos: serviços populares como Google, Facebook, Twitter, TikTok e YouTube estão bloqueados.