“Quero dizer, sem margem para nenhuma dúvida, que o que vamos propor ao ID e aos conservadores, assim que se consiga essa aproximação, é que o que não foi bom para Portugal, nós não queremos para a Europa”, afirmou o líder do CHEGA, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.
Ventura disse que fará aquele apelo numa reunião do grupo Identidade e Democracia na quarta-feira, que tem na agenda um debate sobre uma eventual aliança do ID “com outros partidos europeus e, principalmente, com o grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus”.
“Em cima da mesa desta reunião está naturalmente o equilíbrio de poder que se gerou no Parlamento Europeu, com o crescimento de vários partidos do ID e o surgimento de outros na câmara e a possibilidade de se estabelecer uma aliança com partidos conservadores e com o grupo dos partidos conservadores”, afirmou Ventura.
É o Conselho Europeu que elege o seu próprio presidente, por maioria qualificada, para um mandato de dois anos e meio, renovável uma vez.
O atual presidente, Charles Michel, entrou em funções em 1 de dezembro de 2019 e foi reeleito para um segundo mandato em 24 de março de 2022. O seu segundo mandato teve início em 1 de junho de 2022.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou no domingo que o Governo AD apoiará António Costa, caso o socialista decida avançar para uma candidatura a presidente do Conselho Europeu,
De acordo com Ventura, na reunião do ID, o “primeiro objetivo é procurar impedir a reeleição de Úrsula von der Leyen” no cargo de presidente da Comissão Europeia.
Ventura fez também um balanço do resultado do CHEGA nas últimas europeias, lamentando que o partido não tenha vencido, como tinha sido estabelecido como objetivo.
“Não obstante termos eleito para a União Europeia, termos passado de 50 para quase 400 mil votos, não foi o que queríamos, queríamos ganhar, cá estaremos nas próximas eleições para lutar, para ganhar, e é isso que procurarei fazer”, concluiu.