Gershkovich, de 32 anos, foi preso em março de 2023 na cidade de Ecaterimburgo, localizada nos Urais, onde se encontrava de serviço como repórter do Wall Street Journal. Este é um caso sem precedentes, já que Gershkovich é o primeiro jornalista dos Estados Unidos a ser detido na Rússia, desde a Guerra Fria.
Desde o início do julgamento, que começou no mês passado, Gershkovich afirmou a sua inocência, alegando que as acusações são infundadas e que não têm base factual. O Wall Street Journal, por sua vez, defende firmemente o seu funcionário, afirmando que foi vítima de um esquema e que as acusações são absurdas.
As autoridades russas mantiveram a acusação de espionagem contra Gershkovich, mas os detalhes específicos e as provas que sustentam a acusação não foram divulgados publicamente. Esta falta de transparência gerou críticas de diversas organizações internacionais de direitos humanos e de imprensa, que veem o caso como uma tentativa de intimidar jornalistas estrangeiros na Rússia.
A comunidade internacional, incluindo o governo dos Estados Unidos, tem acompanhado de perto o caso e expressado preocupações sobre a segurança e os direitos de Gershkovich. A condenação é vista como um sério agravamento nas tensas relações entre Washington e Moscovo.
O Wall Street Journal divulgou um comunicado reiterando a sua solidariedade com Gershkovich e comprometendo-se a continuar a lutar pela sua libertação. “Evan é um jornalista dedicado e um indivíduo íntegro. Continuaremos a apoiar Evan e a sua família durante este período difícil e a fazer todos os esforços para garantir a sua libertação”, declarou o jornal.