O protesto, que terá início na Alameda, passando pelo Martim Moniz e deverá terminar no Rossio, em Lisboa, vai decorrer no próximo dia 21 de setembro, pelas 15h30, e pretende reunir o maior número de pessoas possível na luta contra o enorme fluxo de imigração ilegal e desregulada que se observa no país.
Esta manifestação surgiu do sentimento de insegurança sentido pela população derivado dos crimes cada vez mais violentos que têm acontecido e que, segundo André Ventura, estão relacionados com a falta de controlo nas fronteiras e com a “entrada massiva de imigrantes”.
O Presidente do CHEGA, tem dirigido várias críticas às políticas de imigração dos governos de PS e PSD por serem “demasiado permissivas”, alertando que “a segurança dos cidadãos está a ser comprometida”. “Portugal não pode ser um refúgio para criminosos e os imigrantes que cometem crimes graves em Portugal devem ser expulsos imediatamente. É uma questão de justiça e de proteção dos portugueses”, vincou André Ventura. O comunicado enviado pelo partido à comunicação social, e que anuncia a manifestação em causa, refere que Portugal tem “ mais de um milhão de imigrantes”, justificando que um dos motivos para esta preocupação é a falta de informação sobre os indivíduos. “Este descontrolo, juntamente com o aumento da criminalidade, confirmada pelos autarcas de Lisboa e Porto, tem preocupado os portugueses e o CHEGA tem sido o único partido que, constantemente, tem alertado para isto” lê-se no documento. O autarca socialista Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, tem vindo a demonstrar preocupação com a situação “insustentável” que se vive, de tal forma que foi realizada uma sessão pública de forma a pedir mais policiamento para fazer face à sensação de insegurança. De notar que esta é uma das zonas da cidade de Lisboa mais afetada pela imigração, principalmente proveniente de países indostânicos.
No Porto, após vários incidentes preocupantes com imigrantes, nomeadamente no Campo 24 de Agosto e na baixa do Porto, Rui Moreira, disse que a insegurança no Porto já “não é apenas uma questão de perceção”.
No seguimento da manifestação marcada pelo CHEGA, a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e o líder do Livre, Rui Tavares convocaram uma contramanifestação também para dia 21 de setembro.
Segundo a Lusa, os líderes dos partidos de esquerda e extrema-esquerda assinaram um manifesto que “apela à participação popular na marcha organizada pelo Movimento Negro em Portugal no dia 21, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.”
O CHEGA considera que este é um “movimento antidemocrático de líderes parlamentares” e uma tentativa de “gerar o caos nas ruas de Lisboa”, uma vez que o partido já tinha anunciado a sua manifestação no início de agosto, estando a coordenar a mesma junto das autoridades competentes.