Ventura avisa Montenegro que sair de uma crise pode ser difícil

O presidente do CHEGA, André Ventura, avisou hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que espoletar uma crise "é fácil, mas resolvê-la pode ser muito mais difícil”.

© Folha Nacional

Numa intervenção durante a inauguração da sede do partido em Aveiro, André Ventura considerou que o governo PSD/CDS-PP tem estado a dar sinais de querer um entendimento com o PS para fazer passar o Orçamento de Estado para 2025.

Para André Ventura, há sinais de concessões ao PS em “bandeiras da direita e do próprio PSD, nomeadamente desistir da descida do IRC, e do IRS Jovem”.

”Nas últimas semanas, o Governo escolheu o Partido Socialista para aprovar o Orçamento e agora eventualmente sentem que o PS já não está tão aí, mas deviam ter pensado nisso antes”, disse André Ventura.

O líder do CHEGA afirmou que, “quer o CHEGA quer o PSD, durante as últimas legislaturas batalharam para descer a carga fiscal” sobre as empresas.

Outro exemplo de “governar à socialista” apontado por André Ventura é o da taxa do carbono que incide sobre os combustíveis.

“Então nós temos uma oportunidade única para que os portugueses possam sentir no bolso a descida dos combustíveis e o governo descongela a taxa e o que há é um aumento do gasóleo e da gasolina?”, afirmou.

“Há um vício socialista neste governo e ele não consegue desamarrar-se dele”, comentou.

O líder do CHEGA escusou-se a revelar o teor da reunião que teve segunda-feira com o primeiro-ministro, respondendo aos jornalistas que “fala regularmente com os titulares de cargos políticos, não só sobre questões orçamentais, mas sobre questões que interessam ao país”.

“Durante o mês de julho e de agosto, nós dissemos até que estávamos disponíveis para continuar uma negociação que levasse à viabilização do documento, e foi o governo que aparentemente decidiu outro caminho”, disse.

Para André Ventura “um Orçamento de Estado não se prepara em dois dias” e, da parte do governo, não houve um sinal oportuno de que estivesse interessado no apoio do CHEGA.

Para o obter teria que incorporar medidas defendidas pelo seu partido como a descida do IRC, a equiparação plena do suplemento de missão das polícias e o reforço dos meios de combate à corrupção.

“O Governo não quis e parece querer insistir em levar o país às urnas outra vez”, acusou.

Últimas de Política Nacional

A adesão à greve dos técnicos auxiliares de saúde rondou os 80% no turno da noite, afetando essencialmente serviços de internamento e urgências hospitalares, disse à Lusa uma fonte sindical.
Mais dois nomes estão na ribalta por corrupção e não só. E o que não surpreende, nem ao CHEGA, nem a ninguém, é serem nomes ligados ao PS e PSD.
O CHEGA avisou, mas ninguém ouviu. A imigração está a escalar em Portugal e agora é o próprio Governo e a AIMA que admitem.
A distribuição dos lugares no hemiciclo da Assembleia da República continuou hoje sem reunir consenso na conferência de líderes e será agora alvo de um projeto de deliberação elaborado pelo presidente da Assembleia da República.
O líder do CHEGA, André Ventura, criticou hoje a recondução das ministras da Justiça e da Saúde no novo Governo e acusou o primeiro-ministro de "teimosia", dizendo que esperava mudanças em "áreas-chave".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conta receber hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para lhe apresentar a composição do XXV Governo Constitucional, ao qual prevê dar posse na quinta-feira.
O deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco foi hoje reeleito presidente da Assembleia da República, com 202 votos a favor, 25 brancos e três nulos, na primeira reunião plenária da XVII Legislatura.
O presidente do CHEGA criticou hoje a escolha de Rui Rio para mandatário nacional da candidatura de Gouveia e Melo a Presidente da República e remeteu para as próximas semanas a posição do partido nessas eleições.
O Presidente do CHEGA disse esta terça-feira que o partido vai fazer oposição "com firmeza" e antecipou que manterá o mesmo tom nas sessões plenárias, justificando que os portugueses valorizaram nas urnas a postura adotada até agora.
A primeira sessão plenária da XVII legislatura durou hoje cerca de seis minutos e foi conduzida pelo presidente do parlamento cessante e recandidato ao cargo, José Pedro Aguiar-Branco, começando com algum atraso e muitas mudanças nos lugares.