“Não vamos fechar o Orçamento sem conhecer propostas do PS”

O ministro dos Assuntos Parlamentares reiterou hoje que o Governo não vai fechar o Orçamento do Estado sem conhecer as propostas do PS, salientando ter "boa vontade" para as acolher.

© Folha Nacional

“Não vamos fechar o Orçamento do Estado [OE2025] sem conhecer aquelas que são as propostas do PS, porque há boa vontade da nossa parte para as podermos acolher”, salientou Pedro Duarte aos jornalistas, à margem da Cimeira Empresarial Transatlântica, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Questionado sobre o ponto de situação de elaboração do OE2025, o ministro disse que o Governo está a “seguir o plano” e que está “na fase final de acerto da proposta”, que terá de ser entregue no parlamento em 10 de outubro.

“Não está fechado porque ainda estamos em contactos com os partidos”, reforçou Pedro Duarte, apontando que do PS ainda não conhecem nenhuma proposta.

O ministro defendeu ainda que o executivo está interessado “em que haja um consenso em torno do Orçamento, que seja viabilizado e o maior partido da oposição, o PS, tem responsabilidade acrescida”.

Já sobre a possibilidade de um Orçamento viabilizado sem o PS, Pedro Duarte respondeu que “não deve ser o Governo a fazer essa opção”.

O ministro disse ainda não considerar que o ambiente está “crispado”: “Temos de ter sentido de responsabilidade e de Estado, aqui não está em causa os humores de um líder partidário, o que está em causa é o futuro do país e a vida das pessoas”.

Últimas de Política Nacional

O processo orçamental entra na semana decisiva, com a entrega na quinta-feira do Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), no parlamento, após meses de discussão entre Governo e a oposição sobre quem viabiliza as contas do país.
Pelo segundo ano consecutivo as cerimónias da Implantação da República, que se realizam hoje na Praça do Município, em Lisboa, foram vedadas ao público, tendo acesso apenas pessoas autorizadas.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta sexta-feira que o turismo de saúde é uma “matéria sensível” com alguns contornos que têm de ser investigados, mas reforçou que o Serviço Nacional de Saúde “não deixa ninguém à porta”.
A ministra da Saúde negou hoje qualquer pressão sobre as Unidades de Saúde Familiar, revelando que a declaração prévia em que as equipas se comprometem a aceitar os médicos de família que para ali concorrem já existia.
O líder do CHEGA, André Ventura, acusou o atual líder do executivo, Luís Montenegro, de ter mentido quando assegurou não ter qualquer acordo orçamental com o PS e acusou o Presidente da República de perturbar o funcionamento das instituições e ser fonte de intriga.
A Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foi o palco de uma manifestação massiva organizada pelo partido CHEGA, onde milhares de apoiantes acompanharam o líder do partido, André Ventura, num protesto contra a “imigração descontrolada” e a “insegurança”.
O primeiro-ministro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta sobre a redução do IRC, que em vez de cair para 17% no final da legislatura decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.
O partido CHEGA apresentou, na quarta-feira, dia 25 de setembro, um Projeto de Resolução que recomendava ao Governo a alteração das regras de inscrição nas creches aderentes ao programa “Creche Feliz”, de forma a dar prioridade às crianças cujos pais sejam trabalhadores.
O primeiro-ministro e líder do PSD acusou hoje o PS de querer condicionar "80% da margem orçamental" do Governo, rejeitando o argumento de que na negociação do próximo Orçamento só estejam em causa duas medidas ou 1% do documento.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o Governo está a "reconhecer que vai deixar cair" a redução do IRC e a "capitular ao PS e à esquerda" nessa matéria e "provavelmente" abandonará também a proposta de IRS Jovem.