“A perseguição cristã”

Quando se vê as palavras “perseguição” e “cristã” juntas na mesma frase, geralmente é um ataque aos cristãos pela prática de “imposição religiosa”, ou um ataque à Igreja Católica por causa da “grande atrocidade” que foi a Inquisição. Nunca se fala de cristãos serem perseguidos, até porque tal parece um absurdo, como é que a religião dos “brancos, ricos, privilegiados” poderia ser, de forma alguma, perseguida?
A realidade que existe na cabeça dos ocidentais, muito autodepreciativa, é também muito errónea. O cristianismo é, na verdade, a religião mais perseguida da atualidade. Não apenas nos grandes bastiões da civilização cristã, isto é, na Europa e restante mundo ocidental, a cultura cristã seja constantemente atacada, vítima de censura, humilhação e até violência. Fora dos polos cristãos, a cristandade ainda é mais perseguida, e aqueles que pregam contra os cristãos no ocidente acusando-os de intolerância recorrem a todos os meios para se livrarem da palavra de Cristo.
Vejamos o que os dados internacionais nos dizem sobre a perseguição ao cristianismo.
Entre 2020 e 2022 houve um aumento da perseguição de Cristãos em pelo menos 18 países. Na Nigéria, pelo menos 7600 cristãos foram assassinados. Em países muçulmanos é comum que cristãs sejam vítimas de raptos, estupros e conversão forçada, além de serem forçadas a contrair matrimónio. Em países asiáticos como a China, Vietname e Myanmar cada vez são mais as medidas repressivas direcionadas especificamente ao cristianismo, incluindo a adulteração da Bíblia. Em 2018, os cristãos sofreram perseguições por 145 países. Aproximadamente 200 milhões de cristãos no mundo têm os seus direitos negados, puramente com base na sua fé.
Para não-cristãos que vivem no ocidente, isto pode parecer pouco preocupante. Mas a verdade é que a destruição da comunidade cristã é sinónimo da destruição da sociedade ocidental como a conhecemos. Preservar o cristianismo é preservar uma sociedade ética, livre, racional e ordeira.
Há que começar a combater a mentira e os falsos sensos comuns de que os cristãos são os opressores e os restantes os oprimidos, quando a realidade é exatamente o contrário. É preciso que os cristãos se unam nesta guerra espiritual e mantenham a sua força e fé nestes momentos mais difíceis, pois a realidade é que ser cristão sempre foi ser perseguido, e os nossos antepassados foram capazes de resistir e criar as bases para a sociedade civilizada e moderna.

 

Fontes:

 

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