Zelensky pede formato de negociações com Moscovo que inclua Kyiv

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky defendeu hoje que as conversações de paz com a Rússia não conseguirão "resultados reais" sem a Ucrânia e pediu aos aliados para procurarem um formato negocial com esse fator.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“É impossível excluir a Ucrânia de qualquer plataforma de negociação. Caso contrário, esta plataforma de negociação não conseguirá resultados efetivos”, explicou Zelensky, durante uma reunião em Kyiv com a sua homóloga da Moldova, Maia Sandu.

“Antes de qualquer reunião, seja ela qual for, é apropriado estabelecer um formato: como podemos alcançar uma paz justa? Penso que nos devemos concentrar nisso”, acrescentou o líder ucraniano, dizendo temer que a Rússia escolha o modelo de um “decreto de paz” sem a aprovação da Ucrânia.

Desde a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, no passado mês de novembro, as especulações sobre possíveis negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia continuam a aumentar.

Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse estar “pronto para trabalhar” com os Estados Unidos em “negociações sobre questões ucranianas”, elogiando o caráter “pragmático” e “inteligente” do seu homólogo norte-americano.

Embora o Kremlin não tenha clarificado quando poderão ocorrer as negociações, o Governo russo disse estar à espera de “sinais” de Washington, levando Trump a responder que estaria disponível de imediato para reunir com Putin.

No início desta semana, após a sua tomada de posse, Trump descreveu a guerra na Ucrânia como “ridícula” e ameaçou Moscovo com novas sanções económicas se o Kremlin não aceitasse negociações de paz.

Na sexta-feira, o chefe de gabinete presidencial ucraniano, Andrii Yermak, já tinha deixado claro que Kyiv se opõe a quaisquer conversações de paz entre Vladimir Putin e Donald Trump sem a Ucrânia.

Yermak sintetizou a posição de Kyiv dizendo que Putin quer “negociar o destino da Europa sem a Europa”.

Últimas de Política Internacional

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai propor na quarta-feira um "esforço sem precedentes" na redução da burocracia na União Europeia (UE), para estimular o investimento, e um novo Fundo Europeu para a Competitividade.
O Reino Unido anunciou hoje, em coordenação com o Canadá, novas sanções contra a Bielorrússia em resposta à reeleição do Presidente Alexander Lukashenko num sufrágio que classificou de fraudulento.
O Conselho da União Europeia suspendeu uma parte do acordo de facilitação de vistos com a Geórgia, na sequência da repressão dos protestos antigovernamentais no país e dos recuos de Tbilissi em relação ao processo de adesão ao bloco.
A Presidência dos Estados Unidos disse que a Colômbia aceitou as condições do presidente norte-americano, Donald Trump, para o repatriamento de migrantes ilegais e que, por isso, foram suspensas as sanções contra Bogotá.
A União Europeia (UE) concordou hoje com a pressão exercida pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA) sobre a Rússia para "acabar com a guerra", mas contrariou a ideia de expulsar os palestinianos da Faixa de Gaza.
Líderes europeus estão a assinalar hoje os 80 anos da libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, construído pelos nazis durante a II Guerra Mundial na Polónia, e apelaram para que a memória do Holocausto não desapareça.
O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich considerou hoje “uma excelente ideia” a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de “limpar” a Faixa de Gaza e enviar palestinianos para países da região.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, classificou as eleições presidenciais de hoje como “uma farsa” e Alexander Lukashenko, que se candidata a um sétimo mandato, como “um criminoso que tomou o poder”.
A Casa Branca saudou hoje a libertação de quatro reféns israelitas detidas pelo Hamas como um sucesso que se deve ao Presidente norte-americano, Donald Trump, e prometeu lutar pela liberdade dos restantes reféns.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky defendeu hoje que as conversações de paz com a Rússia não conseguirão "resultados reais" sem a Ucrânia e pediu aos aliados para procurarem um formato negocial com esse fator.