Mais de 12.200 pessoas aguardavam por uma cirurgia nos Açores em janeiro

O número de utentes em lista de espera por uma cirurgia nos Açores voltou a aumentar em janeiro, ultrapassando os 12.200 inscritos, mais 13,8% do que no período homólogo, segundo dados da Direção Regional da Saúde.

© D.R.

“Em janeiro de 2025 aguardavam em LIC [lista de inscritos para cirurgia] um total de 12.206 utentes, o que corresponde a um aumento de 0,3% (mais 42 utentes) face ao mês anterior. Na comparação com o mês homólogo, verifica-se um aumento de 13,8% (mais 1.476 utentes)”, lê-se no boletim informativo mensal da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, consultado hoje pela agência Lusa e disponível na página da Internet da Direção Regional da Saúde.

Desde maio de 2023 que o número de pessoas a aguardar por uma cirurgia nos Açores tem vindo a aumentar face ao período homólogo.

Dos três hospitais da região, o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, era o que apresentava mais utentes em lista de espera (7.839) no final janeiro.

Afetado por um incêndio em maio de 2024, o maior hospital da região registou a maior subida da lista de espera cirúrgica, contabilizando mais 105 (1,4%) utentes inscritos do que em dezembro e mais 1.279 (19,5%) do que em janeiro de 2024.

O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) contabilizava 3.087 doentes inscritos para cirurgia no final de janeiro, mais 181 (6,2%) do que no período homólogo, mas menos 34 (1,1%) do que em dezembro.

Também o Hospital da Horta (HH) registou uma redução face ao mês anterior, apresentando 1.280 utentes inscritos, menos 29 (2,2%) do que em dezembro, mas mais 16 (1,3%) do que em janeiro de 2024.

Há utentes inscritos em mais do que uma cirurgia, por isso o número de propostas cirúrgicas em lista de espera atingia, no final de janeiro, as 13.545, mais 13,5% do que no período homólogo.

Segundo o boletim, em janeiro, os açorianos esperavam, em média, 453 dias (cerca de um ano e três meses) por uma cirurgia, mais 62 dias (dois meses) do que em janeiro de 2024.

O tempo médio de espera aumentou nas três unidades de saúde, face ao período homólogo, ainda que o Hospital da Horta tenha reduzido o tempo médio de espera em cinco dias em comparação com os dados de dezembro.

No hospital de Ponta Delgada o tempo médio de espera atingia os 487 dias (mais 79 do que em janeiro de 2024), no da ilha Terceira 417 dias (mais 35) e no da Horta 335 dias (mais 15).

Nas três unidades de saúde, o tempo médio de espera estava acima dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.

Das cirurgias realizadas em dezembro nos Açores, 60,7% ocorreram dentro dos TMRG, mais 3,3 pontos percentuais do que no período homólogo (57,4%).

O relatório indica que foram realizadas em janeiro 751 cirurgias, mais 165 (28,2%) do que em dezembro, mas menos 167 (18,2%) do que no período homólogo.

Segundo a Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social, o boletim apresenta apenas os números da produção acrescida, no âmbito do programa CIRURGE, não contabilizando as cirurgias realizadas no período normal nos hospitais.

Em janeiro, deram entrada nos três hospitais da região 1.072 novas propostas cirúrgicas, mais 1,5% do que em dezembro, mas menos 10,3% do que no período homólogo.

Verificaram-se ainda 246 cancelamentos de cirurgias, o que representou um aumento de 28,8% em relação ao mês anterior e de 0,4% face a janeiro de 2024.

Últimas do País

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a divulgação de IPTV 'pirata' em páginas do Governo português, na sequência de uma queixa apresentada pela GEDIPE, disse hoje à Lusa o seu diretor.
Um professor condenado por abusar sexualmente de uma aluna de 12 anos numa escola de Matosinhos, distrito do Porto, vai poder voltar a dar aulas, segundo um acórdão do Tribunal da Relação do Porto (TRP) consultado pela Lusa.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou hoje para o risco de inundações, cheias e acidentes rodoviários devido às previsões de chuva e vento fortes, trovoada e agitação marítima a partir da tarde de hoje.
Três crianças foram encontradas pela PSP num edifício devoluto numa zona conotada com o consumo de droga, no Bairro Padre Cruz, em Lisboa, tendo sinalizado o caso à Comissão de Menores
O Tribunal de Coimbra condenou hoje a uma pena de prisão efetiva de dois anos e três meses o recluso que atacou um guarda do Estabelecimento Prisional de Coimbra, em março do ano passado.
A PJ indicou hoje que ficaram em prisão preventiva os quatro detidos na operação que realizou juntamente com a Marinha e Força Aérea e resultou na apreensão de 1,7 toneladas de cocaína no Oceano Atlântico.
Os trabalhadores em arquitetura denunciaram hoje “práticas reiteradas e instituídas” de assédio laboral no setor, apontando a precariedade como principal instrumento de intimidação, e anunciaram que vão lutar contra o pacote laboral do Governo, que agrava as condições.
O caso ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal. Um bebé morreu na barriga da mãe, que estava em final de gravidez.
Um antigo hotel devoluto no Bonfim, no Porto, está ocupado de forma ilegal por mais de 60 imigrantes, vivendo em condições insalubres e sobrelotadas. Vizinhos denunciam vandalismo e insegurança, enquanto a PSP alerta para o aumento de alojamentos ilegais na cidade.
A prevalência da diabetes bateu recordes em Portugal no ano passado, com 14,2% da população, o valor mais elevado de sempre, e a doença registou o maior número de novos casos nos Cuidados de Saúde Primários, com 88.476, segundo um relatório.