Trump espera que Putin aceite as tréguas temporárias

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje a deslocação imediata de negociadores à Rússia, afirmando ainda esperar que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, aceite o cessar-fogo temporário na Ucrânia.

© Site Oficial da Federação Russa

O líder dos Estados Unidos manteve-se evasivo quanto à pressão que poderá exercer sobre Putin quanto ao acordo alcançado terça-feira, na Arábia da Saudita, entre norte-americanos e ucranianos sobre a proposta de cessar-fogo de 30 dias.

Questionado sobre o que poderia fazer para que a Rússia concordasse com a proposta, Trump foi vago, dizendo apenas: “Há coisas a fazer que não seriam agradáveis. (…) Financeiramente, posso fazer coisas que seriam muito más para a Rússia. Não quero fazer isso porque quero a paz”.

O republicano referiu ainda que “as pessoas estão a caminho da Rússia neste momento”, referindo-se aos negociadores durante uma reunião com o primeiro-ministro irlandês, Michael Martin, na Casa Branca.

Na terça-feira, o republicano indicou que iria falar diretamente com o Presidente russo, provavelmente esta semana.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a Ucrânia espera medidas fortes dos Estados Unidos contra a Rússia se Moscovo rejeitar a trégua inicial.

“Medidas fortes em relação ao lado russo. É esse o meu entendimento, que podemos contar com essas medidas fortes”, disse Zelensky, numa conferência de imprensa em Kiev, citado pela agência de notícias EFE.

Zelensky disse que desconhecia detalhes sobre as medidas.

“Mas estamos a falar de sanções e de reforço da Ucrânia”, afirmou.

Zelensky disse também que a Ucrânia está pronta para a trégua proposta pelos Estados Unidos nas conversações realizadas na terça-feira em Jeddah, na Arábia Saudita.

Nas negociações na Arábia Saudita, os Estados Unidos concordaram em levantar a suspensão da ajuda militar a Kiev e em retomar da partilha de dados dos serviços de informação norte-americanos com as autoridades ucranianas.

Os Estados Unidos ficaram de informar a Rússia sobre o resultado das conversações, de acordo com a declaração conjunta divulgada no final do encontro.

Últimas de Política Internacional

O Tribunal Constitucional indicou esta terça-feira que não admitiu as candidaturas às eleições presidenciais de Joana Amaral Dias, Ricardo Sousa e José Cardoso.
A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.