Ministério Público reconhece prescrição de crimes de falsificação de José Sócrates

O Ministério Público admitiu hoje que já prescreveram os três crimes de falsificação de documento imputados, em coautoria, ao antigo primeiro-ministro José Sócrates e ao empresário Carlos Santos Silva num processo separado da Operação Marquês.

© Folha Nacional

Em causa está a alegada falsificação do contrato de arrendamento de um apartamento em Paris e de dois contratos de prestação de serviços com empresas que terão servido para ocultar a alegada origem ilícita de montantes que terão chegado à esfera do antigo chefe de Governo (2005-2011).

No debate instrutório, que hoje decorre no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, o procurador Rosário Teixeira sublinhou que, no seu entender, a prática daqueles crimes está indiciada, mas reconheceu que “o procedimento criminal se encontra extinto” por prescrição.

Neste processo, estão ainda em apreciação três crimes de branqueamento de capitais imputados, em coautoria, a José Sócrates e Carlos Santos Silva.

Em abril de 2021, o juiz Ivo Rosa, então colocado no TCIC, tinha mandado os dois arguidos para julgamento por estes ilícitos, relacionados com um crime de corrupção que sustentou estar prescrito e que teria contornos distintos dos inicialmente descritos na acusação do Ministério Público.

Em março de 2024, a decisão foi anulada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que fez recuar o caso à acusação original, e ordenou a realização de nova decisão instrutória sobre a ida a julgamento de ambos por branqueamento de capitais e falsificação de documento neste processo.

O debate instrutório de hoje, presidido pela juíza Sofia Marinho Pires, é a etapa que precede a tomada dessa decisão pela magistrada do TCIC.

O caso corre de forma independente do processo principal da Operação Marquês, cujo início de julgamento está agendado para 03 de julho, em Lisboa.

Neste processo, com 22 arguidos, José Sócrates responde por 22 crimes e Carlos Santos Silva por 23, incluindo vários de corrupção.

Negam ambos a prática de qualquer ilegalidade.

Últimas do País

Sete pessoas morreram em contexto de violência doméstica nos primeiros três meses do ano, revelou hoje a PJ, avançando que, entre 2020 e março de 2025, as mortes neste âmbito representaram praticamente 25% do total de investigações por homicídios.
Duas pessoas foram detidas por suspeitas de auxílio à imigração ilegal e de tráfico de pessoas, no âmbito de uma operação que incluiu o cumprimento de 70 mandados de busca em vários locais do norte e centro do país.
De acordo com uma ficha de projeto, de nome ‘Operação Integrada Local Freguesia de Algueirão Mem Martins’, publicada no portal 'Mais Transparência', a que o Folha Nacional teve acesso, a Fundação Islâmica de Palmela (FIP) recebeu cerca de 22,8%, ou seja, 83,5 mil euros de um investimento de 365,6 mil euros.
Cinco urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria vão estar encerradas no sábado e seis no domingo, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, de acordo com as escalas publicadas no portal do SNS.
A PSP deteve 187 pessoas, das quais 100 por condução de veículo em estado de embriaguez no âmbito de uma operação direcionada a veículos de duas rodas e trotinetes, que decorreu entre 28 de maio e 03 de junho.
Vinte pessoas foram detidas numa operação internacional liderada pela Polícia Nacional espanhola contra a pornografia infantil em 12 países, entre os quais Portugal, informaram a Interpol e as autoridades espanholas.
Quase 11 mil artigos contrafeitos, a maioria peças de roupa e sapatilhas, no valor de mais de 60 mil euros foram apreendidos pela GNR durante uma operação de fiscalização realizada em maio em feiras e mercados.
A adesão à greve dos técnicos auxiliares de saúde rondou os 80% no turno da noite, afetando essencialmente serviços de internamento e urgências hospitalares, disse à Lusa uma fonte sindical.
A PSP tem hoje em curso uma operação num armazém de uma igreja evangélica alegadamente usado para habitação ilegal, em São João da Talha, Loures, confirmou à Lusa fonte daquela força de segurança.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) alertou hoje para o risco real dos quatro helicópteros do INEM não estarem operacionais a 01 de julho e exige "garantias imediatas" sobre aeronaves, pilotos e plano de transição.