ESTADO DE DIREITO COMO INSTRUMENTO DE PRESSÃO POLÍTICA

A sessão plenária desta semana no Parlamento Europeu voltou a expor a estratégia da Comissão Europeia para reforçar o seu controlo político: o chamado relatório anual sobre o Estado de Direito.

Sob o pretexto de defender os valores europeus, Bruxelas procura fiscalizar, avaliar e castigar os Estados-Membros que não se alinham com a sua visão federalista. Este relatório é tudo menos neutro.

Aponta sistematicamente o dedo a países como Hungria, Polónia e agora até a Itália — não por violarem a lei, mas por escolherem caminhos soberanos, diferentes do consenso ideológico dominante. Em vez de respeitar a diversidade constitucional e cultural da Europa, a Comissão impõe critérios uniformes de “boa governação” e usa fundos europeus como chantagem política. A suposta preocupação com a liberdade dos media e com a justiça revela-se seletiva: ignora abusos evidentes em países alinhados com Bruxelas, enquanto amplifica incidentes noutros contextos.

Onde está a neutralidade institucional? Não aceitamos esta Europa de dois pesos e duas medidas. A UE deve servir as nações, não domesticá-las. O Estado de Direito não pode ser um instrumento de guerra ideológica. A Europa só será democrática quando respeitar verdadeiramente a soberania dos seus povos.

Artigos do mesmo autor

A nova diretiva europeia sobre os media é apresentada como um escudo contra a desinformação, mas na verdade é uma tentativa clara de impor controlo político sobre o debate público. Bruxelas quer decidir o que é verdade e o que não é, quem pode falar e quem deve ser silenciado. Tudo isto em nome da […]

As últimas eleições legislativas marcaram um ponto de viragem histórico para Portugal — e para a Europa. Com o CHEGA a consolidar-se como a segunda força política nacional, a imprensa internacional reconheceu este feito como sinal de um novo realismo político em ascensão. O Times destacou o colapso do velho bipartidarismo; a AP falou da […]

O Tribunal de Contas Europeu revelou que, entre 2014 e 2021, a Comissão Europeia entregou mais de 1,5 mil milhões de euros a ONGs, sem garantir transparência nem controlo adequado. De forma alarmante, 68% destes contratos foram atribuídos sem critérios claros de seleção ou provas concretas do impacto dos projetos. Isto é um insulto aos […]

No último plenário do Parlamento Europeu, o CHEGA, através do grupo Patriotas pela Europa, travou mais um avanço da agenda verde radical de Bruxelas. Votámos a favor do adiamento das diretivas CSRD e CS3D, que pretendiam impor novas obrigações ambientais e burocráticas às empresas — incluindo muitas PME’s portuguesas. Defendemos que essas regras só se apliquem a […]

A crescente pressão para uma “União Europeia da Defesa” representa uma ameaça direta à soberania nacional. A criação de um comando militar supranacional pode significar, para Portugal, o risco de perda de controlo sobre prioridades vitais, como a segurança do Atlântico e da nossa vasta Zona Económica Exclusiva (ZEE) e plataforma continental — uma das […]