Mais de 43 mil alunos colocados no Ensino Superior (maioria onde queria)

Este ano houve menos nove mil candidatos ao ensino superior, não chegando aos 50 mil, e as previsões de haver menos alunos a entrar no ensino superior confirmaram-se.

© D.R.

Mais de 43 mil alunos ficaram colocados numa instituição de ensino superior pública, correspondendo a nove em cada 10 candidatos, e a maioria conseguiu vaga no curso que pretendia, segundo dados oficiais hoje divulgados.

Este ano houve menos nove mil candidatos ao ensino superior, não chegando aos 50 mil, e as previsões de haver menos alunos a entrar no ensino superior confirmaram-se: na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior ficaram colocados 43.899 estudantes, o que corresponde a uma diminuição de 12,1% em relação ao ano passado.

Neste ponto, os institutos politécnicos deixam sinal de preocupação, dizendo que a situação é mais grave no interior do país e que estas colocações são reflexo de “uma litoralização do ensino superior, que além de acentuar as assimetrias regionais, coloca em causa a coesão territorial”.

Por outro lado, aumentou a percentagem de candidatos que conseguiu uma vaga, atingindo-se o valor mais alto de sempre de 90,1% de colocados, mais quatro pontos percentuais do que em 2024.

A maioria (63,1%) conseguiu ficar colocada na sua primeira opção e 90,9% numa das suas três primeiras opções de candidatura, sendo também estes os valores mais elevados dos últimos anos.

Para o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), este aumento percentual revela “um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”.

Quais os cursos onde é mais difícil entrar?

Os cursos de Engenharia Aeroespacial, Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão e Bioengenharia voltam a ser aqueles em que é mais difícil um lugar, já que os últimos colocados tiveram uma média mínima de 18 ou mais valores.

Engenharia Aeroespacial, na Universidade do Porto, volta a ser este ano o curso com a média mais elevada: o último aluno a conseguir uma das 30 vagas disponíveis na 1.ª fase teve uma média de 19,43 valores, segundo os resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) hoje divulgados.

E quantas vagas restam para a 2.ª fase?

Os números mostram que este ano havia mais 626 vagas e menos nove mil candidatos. Resultado: sobraram 11.513 vagas, o valor mais elevado da última década.

Os dados mostram ainda que aumentaram em 20,3% os estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica, havendo agora 1.199 novos alunos que ocuparam todas as vagas disponibilizadas na 1.º fase.

“Nos últimos três anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 64,9%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, sublinha o MECI em comunicado enviado para as redações.

Que cursos são os mais escolhidos? E menos?

Nos cursos de medicina, que voltam a estar entre os cursos com as médias de acesso mais elevadas, ficaram colocados 1.647 estudantes.

Olhando para os cursos mais competitivos, ou seja, aqueles em que há mais candidatos em 1.ª opção com notas iguais ou superiores a 17 valores, entraram 4.524 novos estudantes, o que representa um aumento de 10% face ao ano passado.

Por outro lado, diminuíram os colocados em cursos nas áreas de competências digitais: há 6.447 caloiros, menos 16,7% que no ano anterior.

O que devem fazer os alunos já colocados?

Os alunos colocados na 1.ª fase têm agora quatro dias, entre segunda e quinta-feira, para se inscreverem. Sendo que poderão voltar a candidatar-se à 2.ª fase, cujas candidaturas também começam na segunda-feira.

Além das 11.513 vagas que agora sobraram, na 2.ª fase surgem novos lugares deixados por alunos que não concretizaram a matrícula e inscrição.

Estas novas vagas dependentes de alunos que desistam do lugar serão divulgadas apenas a 2 de setembro no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior, sendo ainda possível nessa altura alterar uma candidatura já feita.

As candidaturas para a 2.ª fase terminam a 3 de setembro e os resultados serão divulgados a 14 de setembro.

Podem concorrer à 2.ª fase os que não ficaram agora colocados e os que tendo conseguido um lugar pretendem mudar de curso. No entanto, “se estes estudantes forem colocados na 2.ª fase, a colocação na 1.ª fase, bem como a matrícula e inscrição que realizaram, são anuladas”, recorda a tutela.

Os candidatos colocados na 1.ª fase que não procederam à respetiva matrícula e inscrição também podem voltar a inscrever-se na 2.º fase, segundo as regras.

Pode consultar aqui as colocações.

 

Últimas do País

Engenharia Aeroespacial, Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão e Bioengenharia voltam a ser os cursos em que só ficaram colocados alunos com uma média mínima de 18 ou mais valores.
Este ano houve menos nove mil candidatos ao ensino superior, não chegando aos 50 mil, e as previsões de haver menos alunos a entrar no ensino superior confirmaram-se.
Cinco urgências estão hoje encerradas nos hospitais de Portimão, Barreiro, Aveiro e Almada para os serviços de Obstetrícia e Ginecologia e no hospital de Torres Vedras para a especialidade de Pediatria.
O incêndio em Piódão, no município de Arganil, Coimbra, que começou em 13 de agosto, era o que continuava a mobilizar mais meios hoje de manhã, segundo a Proteção Civil.
Quatro urgências de Obstetrícia e Ginecologia estão hoje encerradas nos hospitais de Portimão, Barreiro, Caldas da Rainha e Aveiro, indica o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Este ano há menos candidatos ao ensino superior: apenas 49.595, menos 9.046 do que no ano passado, um valor semelhante ao registado em 2018.
Vítima "faleceu esta madrugada, vítima do quadro grave que tinha". Tinha 45 anos de idade.
O fogo com início em Arganil (Coimbra) mobilizava pelas 00:30 de hoje o maior número de meios, com mais de 1.400 operacionais, enquanto o de Castro Daire (Viseu) mantinha no terreno mais de 270 operacionais, segundo a Proteção Civil.
O presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro, disse hoje que estão contabilizadas seis casas de segunda habitação destruídas pelos incêndios no concelho, mas a avaliação dos prejuízos prossegue.
As limitações na admissão de utentes na urgência polivalente do hospital de Évora, na especialidade de Medicina Interna, voltaram hoje a ser prolongadas, até segunda-feira, por falta de profissionais de saúde e elevada afluência de doentes.