Com início pelas 20h46 de segunda-feira, o incêndio em Quintelas, freguesia de Mondrões, progrediu em zona de difícil acesso, o que dificultou o combate, permanecendo no terreno, pelas 11h00 de hoje, cerca de 60 operacionais e 17 viaturas, que continuavam a contar com o apoio de meios aéreos.
Os operacionais vão manter-se no terreno atentos aos pontos quentes e reativações.
A serra do Alvão, em Vila Real, foi atingida já por um grande incêndio entre 02 e 13 de agosto que se alastrou a Mondim de Basto e queimou 6.000 hectares, cerca de 1.500 dos quais no Parque Natural do Alvão (PNA).
No concelho de Vila Real, o fogo impactou sete freguesias e 30 localidades.
A serra do Alvão espalha-se por Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, e, nas primeiras semanas de agosto, ardeu área dos quatro concelhos, em três incêndios diferentes (Sirarelhos, Pinduradouro e Alvadia).
Segundo dados recolhidos pela Lusa junto de fontes oficiais, o fogo que começou em Pinduradouro, Vila Pouca de Aguiar, queimou cerca de 500 hectares e o de Alvadia, em Ribeira de Pena, à volta de 600 hectares.
Pelo que, no total, já terão ardido cerca de 7.100 hectares na serra do Alvão.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
Os meios aéreos estrangeiros a atuar em Portugal no combate aos incêndios florestais ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil vão manter-se no país até sexta, segundo informação da ANEPC.