De acordo com o último relatório do Conselho Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres das Filipinas (NDRRMC), o número de mortos subiu hoje de 18 para 27, enquanto as equipas de resgate procuram duas pessoas desaparecidas. Trinta e seis pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade.
Do total de mortes, 19 foram registadas na Região Administrativa de Cordillera, a norte de Manila, a região mais devastada por chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e inundações nas últimas 72 horas.
O NDRRMC atualizou também o número de pessoas afetadas, de 2,4 milhões para 3,6 milhões, das quais 171.786 famílias estão em centros de evacuação e mais de 100.000 pessoas foram deslocadas pelo mau tempo, estando a receber assistência nas ruas em 16 regiões do país.
As autoridades reportaram mais de sete mil casas completamente destruídas e outras 33.000 parcialmente danificadas, além de 37 pontes que colapsaram e 12 autoestradas nacionais inundadas.
O governo mobilizou mais de 10 mil pessoas para responder à emergência, incluindo agentes de segurança, equipas de resgate e profissionais de saúde.
O tufão Fung-wong, conhecido localmente como Uwan, atingiu as Filipinas no domingo, afetando principalmente as regiões norte e central do país, antes de se deslocar para o Mar do Sul da China na segunda-feira, enfraquecido e seguindo em direção a Taiwan, onde deverá chegar hoje à noite.
A agência meteorológica filipina, PAGASA, classificou hoje Fung-wong como uma tempestade tropical, com ventos 61 quilómetros por hora (km/h), depois de ter atingido a força de um supertufão nos últimos dias, com rajadas até 230 km/h.
A passagem de Fung-wong pelas Filipinas acontece enquanto o país ainda está a recuperar do tufão Kalmaegi, que atingiu o arquipélago na semana passada, fazendo 232 mortos e mais de 100 desaparecidos, segundo a Defesa Civil.