Num comunicado hoje divulgado, o INE precisa que “esta evolução resultou de uma diminuição de 3,5% na utilização de energia, conjugada com um crescimento real de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB)”.
No setor das famílias, a intensidade energética seguiu um percurso distinto, registando um aumento de 2,1%, afirma o INE, precisando que “este comportamento decorreu do acréscimo de 4,5% no consumo de produtos energéticos, superior ao crescimento do consumo privado (+2,3%)”.
A produção de eletricidade com origem renovável aumentou 15,2%, impulsionada pela maior disponibilidade hídrica (+84,2%) e pelo significativo crescimento da produção de energia solar (35,2%).
As energias renováveis representaram 62,4% da produção total de eletricidade, o valor mais elevado desde 2000, beneficiando da redução acentuada da utilização de gás natural (-37,3%) e da eliminação do carvão na produção elétrica, decorrente do encerramento, em 2021, das últimas duas centrais a carvão.
Em 2022, último ano com dados comparáveis para a União Europeia, Portugal foi o segundo Estado-Membro com menor intensidade energética da economia.