O presidente do CHEGA e líder da oposição, André Ventura, destacou esta terça-feira, no Parlamento, a importância vital do 25 de Novembro para a história democrática portuguesa, lembrando que foi neste dia, há 50 anos, que o país “recuperou a liberdade e evitou cair na tirania”.
“Hoje é dia de rosas brancas, não de rosas vermelhas”, afirmou Ventura, sublinhando que esta data não é apenas uma cerimónia simbólica, mas o momento em que Portugal “impediu que a extrema-esquerda transformasse o país numa Cuba ou Venezuela da Europa”. Para o líder do CHEGA, o 25 de Novembro representa “a coragem de quem não permitiu que Portugal fosse amordaçado, expropriado ou submetido”.
O presidente do segundo maior partido defendeu que o país deve honrar “quem salvou a liberdade”, propondo que se ponha fim a homenagens a figuras ligadas à ideologia totalitária, como Álvaro Cunhal, e que se reconheça o papel de Ramalho Eanes, “um dos rostos maiores da defesa da democracia portuguesa”.
O líder do CHEGA deixou também uma crítica ao estado atual da política nacional, que considera demasiado afastada das preocupações reais dos portugueses: “Este país está invadido pela corrupção. Quem fala diferente, quem denuncia o que está mal, é silenciado. Enquanto isso, a classe política prefere levantar cravos em vez de resolver os problemas das pessoas.”
Ventura apontou ainda o silêncio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quando Portugal foi insultado no plano internacional: “Fomos chamados de esclavagistas. Ao ficar calado perante a ameaça, Marcelo traiu os portugueses.”
A intervenção incluiu ainda um tributo aos militares e ex-combatentes que, para o líder da oposição, “merecem um enorme louvor” pelo papel determinante que desempenharam na preservação da liberdade nacional.
“Obrigado por terem lutado por Portugal”, afirmou.
O presidente do CHEGA concluiu com uma nota de confiança na identidade e resiliência do povo português: “Este país continua de pé, como sempre ao longo de nove séculos. Tentem negar o que quiserem, mas Portugal é enorme e é o melhor país do mundo para se estar.”
Com um discurso centrado na defesa da liberdade, na justiça histórica e na necessidade de integridade política, Ventura devolveu o 25 de Novembro ao centro do debate público como “a data que garantiu o Portugal livre que hoje conhecemos”.