CHEGA quer ouvir secretário de Estado da Mobilidade sobre obras do metro

© Folha Nacional

“Temos assistido com enorme preocupação ao que se passa no metro de Lisboa, na mobilidade urbana da capital, e decidimos hoje chamar para uma audição urgente o secretário de Estado da Mobilidade Urbana ao parlamento, para dar explicações que nos parecem fundamentais”, afirmou o líder do CHEGA.

De acordo com o requerimento, entretanto divulgado pelo partido CHEGA, o pedido é para que o secretário de Estado seja ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura, indicou que quer ver esclarecido “porque é que as obras tiveram em simultâneo uma data de início que se sabia que ia prejudicar a mobilidade urbana em Lisboa”.

“Todas as entidades envolvidas agora dizem que estão no seu limite, mas isto devia ter sido acautelado antes. Não só não há alternativas, como todas as obras começaram e se desenvolvem em simultâneo, isto numa altura em que a mobilidade é fundamental”, defendeu.

Ventura considerou “absolutamente desnecessário” que as intervenções de expansão da rede do metro decorram ao mesmo tempo e, apesar de ressalvar que “é evidente que as obras têm de ser feitas”, apontou que “a forma como foram concebidas e planeadas é um atentado, um mal-estar permanente, à vida dos cidadãos”.

“Não queremos deixar passar mais tempo sem ouvir o Governo nesta matéria, perceber porque é que não foram criadas alternativas e porque estamos a falar de cerca de 500 milhões de euros em derrapagem nas obras do metro de Lisboa e do Porto”, acrescentou.

Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios divulgada no fim de semana, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana admitiu que as obras no metro de Lisboa e do Porto poderão ter uma derrapagem superior a 500 milhões de euros, mas assegurou que os custos adicionais “vão ser cobertos”.

No final de fevereiro, em declarações aos jornalistas durante uma visita às obras do túnel que ligará as futuras estações da Estrela e de Santos do Metropolitano de Lisboa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse que o alargamento da rede em 18 quilómetros, entre a extensão da linha Amarela, a extensão da linha Vermelha e a nova linha Violeta, que vai ligar Loures e Odivelas, representará um investimento de mais de mil milhões de euros.

Em 5 de maio, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, afirmou que o custo das obras para a construção da linha Rubi do Metro do Porto subiu cerca de 50% para 450 milhões de euros, face aos 299 milhões inicialmente previstos.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA foi recebido em Braga com um novo protesto de elementos da comunidade cigana, cerca de 20 pessoas que cuspiram e acusaram André Ventura e os elementos do partido de serem "fascistas e racistas".
O presidente do CHEGA fez hoje um apelo direto ao voto e pediu aos eleitores que não fiquem em casa no dia 18 de maio, afirmando que o partido tem “uma oportunidade histórica” de vencer as eleições legislativas.
Um grupo de pessoas de etnia cigana acusou hoje o líder do CHEGA de ser racista, com André Ventura a responder que "têm de trabalhar" e "cumprir regras".
André Ventura foi dos primeiros políticos a comentar nas redes sociais o "apagão" elétrico de 28 de abril e as suas publicações atingiram mais de 940 mil visualizações.
Investigadores do MediaLab do ISCTE consideram que a “ausência de comunicação institucional eficaz” por parte do Governo contribuiu para a especulação e para a difusão de desinformação relativamente às causas do apagão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Governo deveria ter começado a negociar mais cedo com os sindicatos que representam os trabalhadores do setor ferroviário, podendo evitar a greve.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, lamentou hoje o ataque contra um agente da PSP num centro de apoio da AIMA, em Lisboa, que classificou como "violento e cobarde", e pediu "respeito pela autoridade".
O líder do CHEGA voltou hoje a defender a descida do IRC, imposto que quer com uma taxa de 15% até ao final da legislatura, e acusou o Governo de não dar confiança à economia.
André Ventura afirmou, esta segunda-feira, que “é tempo de deixar de ter políticos a priorizar imigrantes”, em detrimento dos jovens, no acesso à habitação.
O líder do CHEGA desvalorizou hoje a entrada na campanha dos antigos governantes e líderes do PSD Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, considerando que representam o passado e que "Portugal precisa de futuro".