Preço médio da produção agrícola sobe 18% em Portugal

© D.R.

O preço médio da produção agrícola na União Europeia (UE) aumentou 24%, em 2022 face ao ano anterior, com destaque para os cereais (45%), com os adubos a subirem mais de 86%, segundo uma estimativa hoje divulgada pelo Eurostat.

De acordo com os dados do serviço estatístico da UE, para além dos cereais, que registaram uma subida homóloga de 45%, também os ovos tiveram um forte aumento de preço médio (43%), seguindo-se o leite (31%).

Em 2022, só a fruta apresentou um recuo de 3% no preço médio.

Em Portugal, o preço médio da produção agrícola subiu 18%, com o valor dos cereais a avançar 51%, o dos ovos 55%, do leite 27% e da fruta 0,4%.

No que respeita aos fatores de produção, os adubos e fertilizantes tiveram um aumento de 86,8% na UE, de 2021 para 2022, tendo aumentado quase 91% em Portugal.

Os custos da energia e combustíveis, por seu lado, aceleraram 59% na UE e 41,7% em Portugal.

O Eurostat aponta para três fatores que fizeram disparar os preços da produção agrícola na UE, a começar pela perturbação dos mercados agrícolas globais causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, e que teve um forte impacto nas exportações de cereais, trigo, milho, sementes oleaginosas (particularmente girassóis) e fertilizantes, de que ambos os países eram grandes exportadores.

O segundo fator foi a seca generalizada, que deverá ter reduzido os rendimentos das culturas, incluindo culturas forrageiras como o feno utilizado como alimento para o gado.

As pressões inflacionistas, nomeadamente o custo da energia, uma vez que foram tomadas medidas para eliminar gradualmente a dependência da UE dos combustíveis fósseis russos, o que também fez subir os preços da energia, são o terceiro fator identificado pelo Eurostat.

Últimas de Economia

Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).