O Bom de ser Anti-Feminista

A influência da Esquerda num panorama cultural nas últimas décadas tem sido avassaladora, muito por culpa da Direita Tradicional que abandonou esses terrenos para se dedicar apenas e exclusivamente ao ramo económico que, embora fulcral através do sustento dos cofres estatais e das finanças públicas, não sustenta nações em termos éticos, muito menos comunidades que se regem por valores morais homogéneos.

A influência do Feminismo na sociedade Portuguesa e Europeia é a prova disso mesmo. Hoje em dia alguém dizer-se intelectualmente antagónico ao Feminismo é o suficiente para ser rotulado de extremista, mas a verdade é que, o Feminismo dos dias de hoje, advoga coisas que não se enquadram naquilo que todos nós consideramos serem de bom senso.

Atualmente encontramo-nos na 3ª vaga de feminismo. A 1ª vaga, encabeçada pelas sufragistas, tinha como mote principal o fornecimento do direito ao voto às mulheres, mote este que me parece obviamente digno. A 2ª vaga teve um propósito diferente, o de permitir às mulheres direitos iguais em termos laborais, isto é, a igualdade dentro do mundo do mercado de trabalho. A 3ª vaga, a atual, não se rege pela igualdade de direitos como as anteriores, rege-se pela igualdade de resultados. Esta igualdade de resultados que pode ser vastamente encontrada num tipo de regimes. Os Comunistas. Se Lenin e Stalin discriminavam pejorativamente pela classe, as feministas atuais fazem-no exatamente da mesma forma, mas pelo sexo. No fundo, dizem-se feministas, quando são femistas (defendem a superioridade da mulher ao homem).

Dizer que Portugal é um país estruturalmente machista em pleno 2023 não faz sentido. A desigualdade salarial existente, uma das maiores falácias do movimento feminista, existe não por questões de discriminação sexual, mas sim por que os homens (em termos genéricos, estáticos e comparativos) trabalham mais horas do que as mulheres, escolhem ramos profissionais com maior remuneração e as mulheres usufruem mais tempo da sua licença de maternidade do que os homens da sua licença de paternidade.

A lei da paridade, vista como uma vitória da legitimidade das mulheres no mundo político, é tudo menos isso. A lei da paridade coloca uma obrigação às mulheres a estarem na política em termos quantitativos e que eu saiba, segundo as próprias feministas, uma mulher a sério faz aquilo que ela quer, não aquilo a que é obrigada. Margaret Thatcher não precisou de quotas sexuais ridículas para se consagrar como a melhor primeira-ministra de sempre do Reino Unido. A razão? Thatcher sempre foi vista e julgada por aquilo que tinha dentro da cabeça, não dentro das calças.

O Feminismo destruiu as famílias portuguesas. Segundo dados do INE, por cada 100 casamentos registados em 2020, ocorreram 91,5 divórcios. Parte disto deve-se obviamente à deterioração da condição financeira dos portugueses em termos gerais, mas não apenas isso. A forma como a masculinidade é vista na sociedade atual de forma completamente nefasta faz com que haja um constrangimento social para com os homens terem atitudes ou uma postura mais masculina, o que por razões óbvias, os tornará menos atraentes para a grande maioria das mulheres heterossexuais.

Os homens lidam com mais questões relacionadas com o suicídio (80% da população que se suicida é homem) e a falta de habitação (70% dos sem abrigos são homens), já as mulheres são mais vítimas de violação e de violência doméstica. Se eu quiser pegar num destes indicadores e caracterizar toda a realidade através do mesmo, vitimizando um dos sexos à minha escolha como fazem as feministas, poderia fazê-lo, mas não estaria a ser honesto, muito menos estaria a ser inteligente.

A sociedade sem homens irá colapsar. Da mesma forma que as comunidades sem mulheres irão colapsar. O grande problema dos dias que correm é não nos apercebermos que homens e mulheres, antes de serem diferentes, são complementares. O país precisa de homens e mulheres, só não precisa é de feministas.

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