29 Março, 2024

A falha da habitação jovem

Desde a chegada ao governo de António Costa, uma das suas grandes bandeiras foi sempre a permanência dos jovens em Portugal. Hoje verificamos como foi o desempenho do governo socialista na habitação, especialmente na Jovem, e como deve imaginar o caro leitor, assim como é típico de tudo em que o socialismo toca, apodrece.

A primeira conclusão a que podemos chegar é que os programas para a habitação jovem desde o ‘Porta 65’ à ‘Renda Acessível’ falharam. E porque falharam? Essencialmente porque são processos extremamente burocráticos, e porque talvez por essa mesma razão a taxa de adesão pode ser considerada residual. Mas não foi somente essa a razão. Sendo o principal objetivo o combater a situação existente no que diz respeito à habitação, o que se verificou foi que as rendas para além de continuarem altas, outros fatores contribuíram para que a relação preço-qualidade continuasse como se os programas nunca tivessem existido. Exemplos? Nos finais de 2021, no programa ‘Renda Acessível’ tendo sido prometido um universo de 6000 casas, apenas 200 e poucas foram realizadas. E nos restantes programas que prometiam entrar em força no mercado, num universo de 22 mil somente 950 contratos foram celebrados. Cumprindo a chamada determinação socialista, a recente nomeada ministra da habitação Marina Gonçalves, reconhecendo o fracasso evidente, mesmo assim, contrariando teimosamente o senso-comum insiste no mesmo erro. Muito pouco se pode esperar de uma pessoa que ainda há bem pouco tempo disse que toda a gente devia ter a oportunidade de ter uma casa na zona mais cara de Lisboa. Uma pessoa que tem uma afirmação destas, das duas uma, ou é uma pessoa desfasada da realidade ou, num cargo que tem como missão servir os interesses nacionais, nunca poderia ter assinado em frente do Presidente da República a sua nomeação de ministra, dizendo as palavras que acompanhavam o ato “juro que cumprirei os deveres que me são confiados”.

Outro fator importante para o insucesso de iniciativas como esta, é o funcionamento da banca. Começando pelo simples facto dos juros terem atingido os 3%, permita um fator retributivo de um depósito a prazo normal, um juro de 0,0 qualquer coisa. Quando nos restantes países civilizados europeus, essa retribuição já chega aos 2%. O que quero dizer com isto? É que a banca à partida, não me parece um parceiro credível. Não só pela liberdade que tem de atuar como quer, liberdade essa concedida pelo Banco de Portugal, como é no caso dos mais jovens, exige só para a criação de um dossiê dedicado ao crédito- habitação a módica quantia de 3000 euros.

Nesse modo, o partido Chega apresentou numa das suas propostas de alteração ao orçamento de estado, uma proposta de lei que previa que o Estado assumisse as garantias bancárias no acesso ao crédito, folgando financeiramente os jovens. Por ser o Chega, o Socialismo autoritário não deixou passar a proposta assim como todas as outras de alteração ao orçamento de estado.

Agora, qualquer jovem que se apresente perante uma instituição bancária tem de ter a noção de onde se está a meter, e tem duas opções. Ou recorre a um tipo de financiamento cujo juro é fixo e mais elevado, ou associa o crédito às chamadas “taxas Euribor”, que são mais baixas, que podem ser de três, seis, ou onze meses, mas que estão sujeitas à

variação da respetiva taxa, estando ligadas à estabilidade internacional existente. E como sabemos, a taxa nestes tempos em que atravessamos, tem uma tendência elevadíssima de crescimento. Ou seja, na atualidade das duas uma, ou os jovens têm um pai rico, que sempre por detrás serve de fiador, ou como parece ser o caso da maioria, os jovens ficam como que vinculados ad aeternum a instituições bancárias que estão longe de pensar na necessidade dos jovens.

De qualquer das formas, o nosso grupo parlamentar continuará a ser o único a defender os interesses dos jovens, especialmente a nossa deputada Rita Matias.

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