Como se não bastasse um “Pacote Mais Habitação” que em teoria permite ao Estado Socialista arrendar compulsivamente propriedade privada, passando por cima de todas as regras do bom senso democrático e do direito à propriedade, usando para isso – a meu ver de modo abusivo – os fornecedores de serviços, de forma a saber se as suas casas estão a ser utilizadas directa ou indirectamente pelos legítimos proprietários, surge agora uma nova imposição ditactorial na vida dos cidadãos, à qual devemos dar nova e urgente atenção.
Segundo o “Jornal de Notícias” de 20/03, terá saído uma nova “Carta de Perigosidade de Incêndio Rural” que determina que sempre que o IPMA previr condições de temperatura e humidade favoráveis à ocorrência de incêndios rurais em “zonas pintadas a vermelho ou vermelho-escuro”, as pessoas poderão, alegadamente, ficar privadas do seu direito de sair de casa, ou por outras ainda que duras palavras, poderão ficar em detenção domiciliária até as condições se alterarem!
Mais: aparentemente, segundo a mesma notícia, até algumas barragens e acesso a praias estarão interditas…
Ora, isto quer dizer que em Portugal, qual Venezuela ou Cuba, em teoria e numa determinada conjugação de factores, o Estado passará a poder determinar se e quando as pessoas podem sair de suas casas, isto se as não tiver arrendado a alguém de forma compulsiva, porque – por exemplo – nestas não conste registo de consumo de electricidade, gás ou água!
Mais uma vez, ao invés de se encarar o problema de frente aceitando que a maioria dos fogos são de origem criminosa e assim, aumentando a vigilância e a severidade das penas para os infractores, como tem sido proposto pelo CHEGA, o Governo Socialista prefere atentar contra os direitos mais básicos dos cidadãos, proibindo-os de sair à rua e de fazer as suas vidas normais, pondo até em risco, em matéria de vida rural, os meios de subsistência de quem, para comer, tem de amanhar a terra, fazendo a sua agricultura ou pecuária de subsistência.
Até quando vai o bom povo português aceitar esta situação e continuar a votar em quem lhes condiciona a vida desta maneira?
Até quando vai o bom povo português acreditar que tudo isto é feito para seu bem?
Não será chegada a hora dos portugueses darem, dentro dos limites democráticos, uma lição a estes tecnocratas urbanos sem noção da vida para além das paredes do seu pequeno mundo, votando massivamente em quem tanto os tem defendido e servido, e mudando assim o paradigma político, por forma a colocar novas mentalidades ao “leme” deste nosso Portugal?