Professores estão a organizar novo acampamento que começa na noite de 24 de abril

Professores de todo o país estão a organizar um novo acampamento contra as políticas do Ministério da Educação entre os dias 24 de abril e 1 de maio, que pretendam que seja no Largo do Carmo, em Lisboa.

“Neste momento, mais de 200 professores já disseram que iriam participar no acampamento, que começa na noite de 24 para 25 de abril. Gostaríamos que o acampamento fosse no Largo do Carmo, dado o simbolismo do sítio e da data”, contou à Lusa a docente Helena Vicente Gomes, que dá aulas de Inglês e de Alemão.

O Largo do Carmo foi o local para onde acabaram por convergir as tropas que depuseram a ditadura em 25 de Abril de 1974 e foi também o sítio onde se refugiou o então chefe do Governo, Marcello Caetano, que se rendeu nesse mesmo dia.

O local do acampamento, que se prolonga até 1 de maio, ainda é incerto “porque estão previstas iniciativas para a noite de dia 24 no Largo do Carmo mas, pelo menos, nos outros dias será no Largo do Carmo”, explicou a docente da Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa.

A professora explicou que esta é mais uma iniciativa de profissionais de educação que se organizam através do Whatsapp ou do Facebook.

Durante o acampamento, vão promover vigílias e participar noutras iniciativas como a manifestação nacional do 25 de Abril.

Os principais motivos do protesto continuam a ser “a intransigência da tutela em não devolver os mais de seis anos e seis meses de tempo de serviço congelado, não acabar com os estrangulamentos de acesso aos 5º e 7.º escalões nem com o fim das quotas nas avaliações”, resumiu.

O Ministério da Educação propôs um conjunto de medidas com impacto na progressão na carreira dos professores que passaram pelos dois períodos de congelamento do tempo de serviço, ou seja, que estão em funções desde 30 de agosto de 2005.

A tutela quer que os professores recuperem o tempo em que ficaram a aguardar vaga no 4.º e no 6.º escalões a partir de 2018, que fiquem isentos de vagas de acesso aos 5.º e 7.º, assim como propôs a redução de um ano na duração do escalão para os que ficaram à espera de vaga, mas já estão acima do 6.º.

Os sindicatos consideraram as medidas insuficientes, continuando a exigir o fim das vagas de acesso aos dois escalões e a recuperação de todo o tempo de serviço.

Neste momento, continua a decorrer uma greve do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (Stop), estando agendada para a próxima semana o inicio de novas greves distritais, organizadas pela plataforma de nove organizações sindicais.

Existem ainda protestos isolados, como é o caso do docente e subdiretor da escola de Viana do Castelo, Luís Sottomaior Braga, que hoje iniciou uma greve de fome em frente à escola secundária de Santa Maria Maior, onde está acampado.

Helena Gomes contou que os professores estão solidários com o colega de Viana do Castelo: “Combinamos substituir a nossa fotografia de perfil das redes sociais por um cravo vermelho que diz somos todos Sotto Maior Braga assim como enviar e-mails em simultâneo para os grupos parlamentares, serviços do Ministério da Educação e para a comunicação social para dar mais visibilidade à nossa luta”.

Últimas do País

A bilhética integrada com Cartão de Cidadão, que visa simplificar e unificar o acesso aos transportes públicos, permitindo utilizar diversos modos de transporte com uma só identificação, estará concluída na segunda metade de 2027.
As seguradoras contabilizaram um montante total de 31 milhões de euros em danos provocados pela Depressão Cláudia, que atingiu Portugal em novembro, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Cerca de 1,7 milhões de pessoas continuam a viver em Portugal abaixo do limiar da pobreza, das quais cerca de 300 mil são crianças, apesar de o risco de pobreza ter descido, em 2024, para o valor mais baixo dos últimos 20 anos.
Nova presidente, novo vice-presidente e ordenados reforçados. O Governo reclassificou o Metro de Lisboa para a categoria A e alinhou os salários da administração com os da CP e com o do primeiro-ministro.
A empresa municipal Carris vai reforçar as carreiras de autocarros na noite da passagem de ano em Lisboa, que se celebrará no Terreiro do Paço, enquanto o metro encerrará no horário habitual, às 01h00, revelou hoje a câmara.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) admitiu hoje que “não há hipóteses” de alteração dos boletins para as eleições presidenciais e indicou que eventualmente votos em candidaturas rejeitadas serão considerados nulos.
A festa de passagem de ano no Terreiro do Paço, em Lisboa, vai ter um dispositivo de segurança “muito robusto”, com revistas nos seis pontos de entrada do recinto, que abre às 19h30 de quarta-feira, revelou hoje a PSP.
A urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital São João, no Porto, vai ser alargada e terá uma ligação direta a novas áreas de pré-parto e quartos individuais, num projeto de 1,5 milhões de euros, indicou hoje a ULS.
Portugal continental será afetado, até quarta-feira, por uma massa de ar polar que vai fazer descer ligeiramente a temperatura, mas as máximas durante a passagem de ano deverão manter-se, com céu limpo, na generalidade do território, segundo o IPMA.
O mau tempo nos Açores causou hoje 19 ocorrências nas ilhas de São Miguel, Terceira, Pico e Flores, relacionadas, sobretudo, com obstruções de vias, quedas de estruturas e de árvores, derrocadas e inundações na via pública.