Ventura acusa Governo de dar “migalhas às pessoas”

© Folha Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura acusou hoje o Governo de dar “migalhas às pessoas”, considerando que o executivo fez “mais um anúncio de propaganda que deixa muito a desejar”, e apelou a protestos nos próximos meses.

“O Governo enriquece à custa da inflação, não distribui nem de perto nem de longe aquilo que está a ganhar à custa da inflação, e dá migalhas aos contribuintes”, afirmou o líder do CHEGA, em declarações aos jornalistas, em Évora, à chegada ao hotel onde decorrem até terça-feira as terceiras jornadas parlamentares do partido.

Ventura considerou que o Governo encaixou uma “receita adicional de cerca de nove mil milhões de euros” e considerou que as medidas para ajudar as famílias com os efeitos da inflação ficam “muito aquém daquilo que é preciso fazer”.

“O que temos hoje é mais um anúncio de propaganda do Governo que deixa muito a desejar, e que eu acho que deve mobilizar para mais protestos e para mais ação durante este verão porque as pessoas estão a ficar em situação muito, muito difícil”, defendeu.

O presidente do CHEGA sustentou que “é tempo de as pessoas saírem à rua e de começarem a contestar, a par do que já têm feito os professores, os médicos, os profissionais do turismo e do alojamento local, é importante que haja uma forte ação de contestação este verão”.

Sobre o aumento intercalar das pensões anunciado pelo primeiro-ministro, André Ventura considerou que “não é um aumento de pensões, na verdade, é o cumprimento daquilo que a lei já determinava”.

“Quando houve este anúncio do Governo de que haveria uma mudança na fórmula de cálculo, o CHEGA foi o primeiro a dizer que isto era um truque, um malabarismo, uma aldrabice, António Costa reconhece isso agora”, afirmou, considerando que o primeiro-ministro dá “razão ao CHEGA”.

“Os pensionistas não foram atualizados pela inflação e agora vão ser pela primeira vez atualizados de acordo com o que a lei determina, e mesmo assim ficarão a perder porque a inflação, como sabemos foi revista em alta”, lamentou.

O primeiro-ministro garantiu hoje que as pensões em 2024 vão ser atualizadas de acordo com a fórmula de cálculo prevista na Lei de Bases da Segurança Social face à evolução “positiva” que a economia portuguesa está a registar.

António Costa falava em conferência de imprensa, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, depois de ter anunciado que, a partir de julho, os pensionistas vão ter um aumento de 3,57% nas suas pensões.

O Conselho de Ministros reviu também o conjunto de medidas de apoio às famílias, na sequência de indicadores que apontam para uma melhoria da economia portuguesa em 2023 face a anteriores previsões.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA afirmou hoje que Gouveia e Melo protagoniza cada vez mais as causas do PS, sobretudo por ter Mário Soares como modelo presidencial, e apostou que o ex-primeiro-ministro António Costa vai votar no almirante.
O CHEGA obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando a distribuição de mandatos de dois vereados para o CHEGA e um para a coligação, segundo a assembleia de apuramento geral.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a Europa e o mundo "orientam-se para a direita" e defendeu que os partidos da sua família política são os "baluartes da defesa da liberdade".
O projeto de lei do CHEGA que pretende proibir a ocultação do rosto em espaços públicos foi aprovado hoje no Parlamento.
O deputado Rui Cristina foi eleito, no último domingo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira pelo CHEGA. A sua eleição marca uma mudança importante na política local que era dominada, há décadas, por outras forças políticas. Rui Cristina renunciará ao mandato de deputado e tomará posse como presidente da câmara nas próximas semanas, assumindo o compromisso de uma gestão próxima da população, com foco na segurança, no turismo e na valorização da identidade local.
André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".
Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.
O presidente do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PS de ser um “partido vendido”, depois de os socialistas anunciarem que irão abster-se na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2026 e assim permitir a sua aprovação.
O Governo desconhece, não utiliza e não sabe onde está a aplicação 'Tagline' — uma plataforma de comunicação interna financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que custou 1,6 milhões de euros.